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Imitando o gênio Stanley Kubrick: 2023 - Uma Odisseia de Tricolores

Será que teremos, em 2023, os Tricolores como campeões?

O São Paulo (Tricolor paulista) já ganhou o inédito título da Copa do Brasil, vencendo o "poderoso" Flamengo.

Na última terça-feira (3), na Copa Sul-Americana, o Fortaleza (Tricolor cearense) chegou à final ao eliminar e amassar o Corinthians e irá disputar pela primeira vez na sua história centenária a taça de um torneio continental contra a experiente equipe da LDU (EQU).

Ontem (4), ou seja, um dia após o Leão se garantir, foi a vez do Fluminense (Tricolor carioca) eliminar o Internacional, em Porto Alegre, e conquistar a vaga na decisão em busca do sonhado título Copa Libertadores da América — mais um feito inédito, visto que a equipe das Laranjeiras perdeu a decisão em 2008 para a LDU.

O time de Fernando Diniz espera agora o seu adversário da decisão, em 4 de novembro, no Maracanã, que sairá do confronto dessa noite entre Palmeiras e Boca Juniors, às 21h30, no Allianz Parque.

É esse o cenário.

Por coincidência, os Tricolores de alguns cantos do país chegaram às finais dos torneios que disputaram e todos são títulos inéditos para eles.

Está se desenhando um ano colorido e psicodélico de conquistas novas para equipes treinadas por ótimos profissionais, e cada um do seu modo.

Dorival Jr. pegou o Tricolor paulista com terra arrasada e aos poucos foi montando um time competitivo, confiante e com muita personalidade. O clube do Morumbi está conseguindo bater de frente com todos os times, coisa que não acontecia há anos.

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O segredo dessa conquista inédita para o São Paulo foi a harmonia nas relações, no ambiente saudável, na honestidade e na competência do Dorival, que fez jogadores desanimados e criticados virarem protagonistas.

Sem contar a chegada do Lucas Moura, que colocou intensidade e dinâmica de jogo diferente. Já outros atletas conseguiram acompanhar em prol do São Paulo, que voltou a ter um grande time.

Lá do belíssimo estado do Ceará vem um dos clubes mais organizados dos últimos anos do futebol brasileiro.

O Fortaleza, dirigido pelo ótimo treinador Juan Pablo Vojvoda, que faz um trabalho excepcional, chegou com tudo nessa temporada para brigar de verdade por um título histórico para um clube da região Nordeste.

O Tricolor cearense pode se transformar no primeiro time do Nordeste a ganhar um torneio continental.

Não será fácil porque pela frente terá uma equipe acostumada a decisões. O Fortaleza, no entanto, tem um time valioso, organizado e o mais importante: corajoso com responsabilidade.

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Vojvoda tem o grupo de jogadores nas mãos porque é confiável e honesto nas relações com eles e todos acreditam plenamente em tudo o que ele fala.

Os resultados levam a essa troca de confiança que é primordial, não só para o time de futebol, mas para a vida também.

E por último vem Fernando Diniz, que pela primeira vez tem um material humano capaz de realizar as coisas que ele pensa.

É um treinador ousado que faz o inverso do que a maioria realiza, que é jogar aberto e agressivo em qualquer lugar e contra qualquer um.

Sempre gostei do modo como os times dele jogam, mas nunca foi a lugar nenhum. Porém, desta vez chegou à final no torneio mais importante do nosso continente.

Todos me parecem bem conectados com suas ideias, pois senão não iria funcionar.

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Esse texto é só uma viagem, mas que pode acontecer de verdade.

Os Tricolores podem dominar a América do Sul, deixando para um preto e branco o título nacional.

Mas precisa ficar esperto porque o terceiro colocado vem o Tricolor gaúcho, e do jeito que a carruagem está andando não duvido em uma arrancada gremista.

Peço a licença ao gênio Stanley Kubrick, pai de uma das maiores obras do cinema mundial.

A atmosfera está tricolor.

2023 - Uma Odisseia de Tricolores.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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