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Boca Juniors, com seu estilo fechado e pesado, elimina o Palmeiras

O Boca Juniors veio para São Paulo e conseguiu o seu intuito, que era levar para os pênaltis e garantir a classificação à final da Copa da Libertadores. Alcançou o objetivo ao empatar em 1 a 1 com o Palmeiras, no Allianz Parque, com a bola rolando, e depois vencer por 4 a 2 nas cobranças.

A pesada camisa do time argentino disputará a 12ª decisão do maior torneio de clubes do continente. Os xeneizes já foram seis vezes campeões da América (1977, 78, 2000, 2001, 2003 e 2007) e podem se igualar ao Independiente (o detentor de mais títulos da Libertadores, com sete taças).

A classificação à decisão da América, no entanto, passou pelas mãos do goleiro Germán Romero. Além de boa atuação no decorrer da partida, ele defendeu as cobranças de Raphael Veiga e Gustavo Gómez. Pelo Boca, Romero pegou 12 de 23 pênaltis que enfrentou.

O Boca soube jogar o duelo de volta da semifinal com muita experiência, fazendo um primeiro tempo melhor que o Palmeiras e acabou abrindo o placar com o atacante uruguaio Cavani.

No segundo tempo, o time argentino praticou antijogo na maior parte do tempo, com muita cera e quebrando a dinâmica do jogo. Mesmo assim, o lateral Piquerez fez um belo gol de fora da área, empatando a partida.

Mas, na verdade, a partida teve um lance espetacular, que foi a belíssima bicicleta do Rony, com uma difícil defesa de Romero.

Mas tanto o Palmeiras como o Boca não jogaram um futebol leve e envolvente, como fizeram Inter e Fluminense (o outro finalista).

O Boca Juniors, que conseguiu ir para a final sem ganhar um jogo com a bola rolando na fase eliminatória, marcou muito e tentou sempre quebrar a intensidade do jogo e, com isso, dificulta muito uma equipe com um estilo mais leve.

O Fluminense joga um futebol infinitamente melhor, estará em casa num Maracanã lotado. Para mim, é favorito, mas enfrentará um clube super acostumado com finais e que não se intimida em campo algum e nem com o adversário.

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Faz o jogo que for necessário, conseguindo se adaptar rapidamente ao que a partida está oferecendo, não tendo vergonha alguma de atuar fechadinho e dando chutão para frente.

Teremos um Brasil x Argentina. De um lado, o futebol envolvente, leve e ofensivo de Fernando Diniz. Já no outro, teremos um futebol simplista, pesado e fechado do Jorge Almirón.

Sem dúvida alguma, este Boca atual não é dos melhores que já vi, mas é o Boca!

Só para falar um pouco sobre o Palmeiras: acho que também deveria reformular o elenco e reforçar com alguns jogadores de peso, porque está perdendo a sua força técnica, e não tática.

Para 2024, precisa mudar pois já está caindo na mesmice.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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