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Arrogante e teimoso, Diniz tem feito a seleção dar apenas vexame

A seleção brasileira perdeu a segunda partida consecutiva e, pela primeira vez, para a Colômbia nas Eliminatórias à Copa.

Peguei alguns personagens da partida de ontem (16), em Barranquilla (COL), para dar a minha opinião.

Começando por Fernando Diniz, que foi muito mal com alterações equivocadas e demorou para trocar.

Quando o Vinicius Jr se machucou, o técnico deveria ter mandado a campo o Paulinho, que tem experiência de seleção olímpica (foi medalha de ouro em Tóquio) e de futebol europeu por ter jogado no Bayer Leverkusen, além de ser o artilheiro do Campeonato Brasileiro. Não era o momento para colocar o jovem João Pedro, que ainda está engatinhando no futebol por não ser titular na sua equipe na Inglaterra.

Mas um erro gritante foi de demorar para substituir Emerson Royal, que estava péssimo na partida. A Colômbia só atacava pelo lado esquerdo com o Luis Díaz em cima do lateral direito brasileiro. As jogadas mais perigosas foram por ali. O colombiano ganhou todas as disputas diante do Emerson e foi o cara que mais chutou a gol entre todos que estavam em campo.

Diniz poderia ter tirado o Emerson e colocado o Nino, empurrando Marquinhos para a lateral direita. Mas não fez, insistindo com o pior jogador em campo e só o substituiu quando a vaca já estava no brejo.

Outro grande erro do treinador da seleção brasileira foi ter tirado o Rodrygo, que era o nosso jogador mais criativo e perigoso e estava muito bem no jogo.

Enquanto o camisa 10 estava em campo, o Brasil agredia a Colômbia. Assim que o jovem do Real Madrid saiu, o time da casa foi para cima com tudo porque se sentiu aliviado com a errada substituição de Fernando Diniz.

Não entendi por que colocou o João Pedro no lugar do Vini, que não teve culpa alguma de nada, mas não tem experiência. Se fosse para entrar um bem jovem, que fosse o Endrick.

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Depois que estava 2 a 1 para a Colômbia, Diniz se perdeu completamente e começou a fazer aquelas suas loucuras habituais que costuma realizar em clubes e acha que pode fazer na seleção brasileira só com três dias de treinamento.

Só para avisar o Sr. Fernando Diniz que, pela primeira vez na história, depois de cinco rodadas, estamos atrás da Venezuela.

E por favor, não venha dizer que não existe mais bobo no futebol, porque existe sim e somos nós.

Agora quero destacar um fato emocionalmente forte que foi a presença no estádio do pai do Luis Díaz, que havia sido sequestrado junto com a mãe e só foi libertado na semana passada. Mas o jogador do Liverpool só pôde vê-lo agora nesta data Fifa.

Luis Díaz fez os dois gols da virada em cima do Brasil para ficar para a história do futebol do seu país. Esta foi a primeira vitória colombiana sobre a nossa seleção em partidas das Eliminatórias. As imagens da TV buscaram o pai do atacante nas arquibancadas, profundamente emocionado.

O camisa 7 colombiano foi o melhor em campo disparado, não só pela sua seleção, mas também por alegrar o pai que passou maus bocados.

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Estamos passando vexames atrás de vexames, e Fernando Diniz está completamente perdido. Mas agora ele devia dizer o mesmo que disse quando venceu a Libertadores com o Fluminense: "Ser campeão ou vencer não é a coisa mais importante no futebol. Chegar a uma final e jogar um belo futebol é o que importa."

Falar depois de vencer é muito fácil, Diniz. Tente explicar isso para milhões de brasileiros que estão desiludidos e com vergonha da seleção brasileira.

Mas tudo pode ficar ainda pior caso percamos para a Argentina no Maracanã, na próxima terça-feira (21).

Se o Paraguai vencer a Colômbia, em Assunção, e se houver um vitorioso entre Equador e Chile, em Quito, (todos no dia 21), os dois passarão o Brasil, que cairia de quinto para o sétimo na tabela de classificação.

Alguma coisa precisa ser feita urgentemente, pois nas mãos de Fernando Diniz corremos riscos de passar pelo maior vexame da nossa história. Até pior do que os 7 a 1 para Alemanha.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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