Desculpas por derrotas são tão péssimas como o desempenho da seleção
No dia seguinte à derrota para a Argentina e após várias entrevistas concedidas por Fernando Diniz e pelos jogadores da seleção brasileira, conseguimos ter uma ideia melhor de quão mal estamos e longe da realidade.
Vou começar com a afirmações de que "evoluímos neste jogo".
Que evolução?
A seleção brasileira entrou em campo para bater e fazer faltas. Jogar desta forma não é evolução alguma.
Classificação e jogos
Ter garra, raça e ser competitivo é completamente diferente de entrar em campo para tentar não deixar o adversário jogar, dando tapas no rosto dos argentinos, como aconteceu várias vezes na partida de ontem (21), no Maracanã.
Diniz ainda disse que estamos no caminho certo.
Que caminho é este a que Diniz tem se referido?
Outro absurdo foi a entrevista de Gabriel Jesus, que, para mim, não deveria mais ser convocado, não só pelo fraco futebol que apresenta com a camisa da seleção, mas por duas coisas que ele declarou depois do jogo.
A primeira foi ele ter afirmado que o seu forte não é fazer gols.
Mas ele é o camisa 9 da seleção brasileira e é convocado justamente para fazer gols.
Como pode dizer uma coisa dessas?
Ontem, Gabriel Jesus fez apenas uma jogada durante todo o jogo e, mesmo assim, foi tropeçando na bola.
Mais uma vez Gabriel Jesus não finalizou uma bola ao gol.
A segunda declaração do jogador do Arsenal que achei absurda foi ele dizer, de uma forma orgulhosa, que foi a primeira vez que batemos nos argentinos, porque sempre apanhamos.
Uma fala vergonhosa, principalmente porque antes do jogo houve aquela pancadaria horrorosa nas arquibancadas com uma forte colaboração da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Ainda assim, ele se vangloria de terem batido na seleção argentina.
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Quero receberGabriel Jesus, nós apanhamos da bola e eles venceram o jogo e fizeram festa em pleno Maracanã.
As falas desconectadas com a realidade vieram de fora também.
Neymar postou que se estivesse em campo só iria arrumar confusão.
Pois é Neymar, além de estar se recuperando de uma contusão grave, você está sendo acusado por sua funcionária de excesso de horas de trabalho, sem ganhar hora extra, e por não tê-la legalizado na França para levar vantagem financeira. Mas a pior parte foi tê-la demitido grávida e sem dar nenhum apoio.
E ainda tem a cara de pau de dizer que só iria criar confusão?
Também é acusado de crime ambiental em Mangaratiba. Você não acha que já tem confusão demais na sua vida?
Essa é a cabeça dos personagens do futebol brasileiro atual.
Neymar, você deveria falar que se estivesse em campo iria arrebentar e fazer gols para vencermos a Argentina, e não criar confusão.
Não há nada certo no nosso futebol desde a CBF até as arbitragens. É uma grande falta de organização.
A CBF precisa definir um treinador efetivo até o começo de 2024, antes dos amistosos contra Inglaterra e Espanha, em março, nos respectivos países europeus.
Fernando Diniz é muito teimoso e arrogante para reconhecer que o que ele gosta não dá para fazer sem treinos.
A seleção entra perdida em campo e muitas das suas alterações são equivocadas. Uma coisa é treinar o Brasil, outra é treinar um clube.
Você está insistindo com jogadores que não merecem ser convocados, escalando mal e mexendo mal.
Ninguém está aguentando mais esses vexames que estamos passando.
Tudo o que foi construído desde 1958 está sendo jogado no lixo.
Respeito, orgulho de vestir a camisa amarelinha, imposição técnica, medo que os adversários tinham... Tudo isso não existe mais há um bom tempo.
Depois do 7 a 1 para a Alemanha, na Copa de 2014, todos vêm para cima e estão nos engolindo.
Falando nessa derrota da Alemanha, estou achando que o "caminho certo" que Diniz fala é exatamente o mesmo que os alemães seguiram.
Nas Copas de 2018 (Rússia) e Qatar (2022), a Alemanha foi eliminada na primeira fase da competição e estamos prestes a fazer o mesmo em 2026.
Mesmo sendo indefensável, existem algumas pessoas da imprensa (ou que não fazem parte dela) que tentam mostrar algo bom onde não há. Defendem jogadores e treinador, sem nenhum argumento válido.
Assistir aos jogos da seleção brasileira tornou-se um estorvo.
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