Sem panelinha, ex-jogadores demonstram a real preocupação com a seleção
Acabei de ler, aqui no UOL, uma matéria com depoimentos de quatro ex-jogadores da seleção brasileira, que jogaram muito bem, sobre a atual situação do nossa seleção.
Dois injustiçados, como o ex-lateral esquerdo Serginho e o meio-campista Hernanes, juntamente com dois titulares em Copas do Mundo, o espetacular goleiro Dida e também o meio-campista Emerson.
É bom ouvir jogadores desse nível que não fizeram parte de panelinhas e que são completamente independentes para dar opiniões.
Eles disseram o que também venho falando desde 2018, ou seja, ninguém mais respeita a seleção brasileira.
Classificação e jogos
Muitos aqui no Brasil continuam tentando fazer o torcedor engolir que sempre seremos favoritos porque nossos jogadores atuam nas principais Ligas da Europa.
Hoje em dia, qualquer um joga na Europa, e isso não faz deles um grande jogador.
Todos os ex-atletas também falaram que o importante é ter um bom treinador, independentemente da nacionalidade, assim como concordam que Fernando Diniz precisava de tempo para treinar — este tempo não existe mais.
Os nomes são aqueles que uma grande parte defende, assim como eu: Carlo Ancelotti e Abel Ferreira, que por influência externa de uma parte de ex-jogadores influenciáveis e que rondam a CBF como tubarões, só atrapalham a seleção brasileira fora do campo.
Aplaudi as falas dos quatro (Dida, Serginho, Hernanes e Emerson) porque foram bem dentro da nossa realidade e das nossas necessidades.
Estamos perdendo um tempo importante e as consequências estão claríssimas na classificação das Eliminatórias à Copa de 2026, além das derrotas para três seleções africanas — Camarões, ainda na Copa, Marrocos e Senegal, os dois últimos em amistosos.
O ano de 2023 foi explícito em relação ao nosso declínio e ainda vejo muita gente falar que nunca ficaremos fora de uma Copa e que até lá faremos uma grande seleção, mesmo estando nesse momento vexatório.
Não devemos nada às seleções, como os selecionados da França, Argentina, Inglaterra, Croácia, Holanda, Bélgica... E por aí vai.
Talvez esses quatro ex-jogadores possam fazer as pessoas entenderem que precisamos urgentemente de um treinador de peso e vencedor.
Falei que o nome certo é o Abel Ferreira. Apontei o técnico multicampeão do Palmeiras como o cara certo logo após a eliminação do Brasil no Mundial de 2022, diante da seleção croata, do mestre Modric.
A CBF foi muito incompetente, pois Tite já havia anunciado que sairia mesmo sendo hexacampeão. Mas ninguém se mexeu.
Newsletter
OLHAR APURADO
Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.
Quero receberNão tenho dúvidas de que Abel nunca foi procurado por influência externa de ex-jogadores e por ciúmes dos treinadores e ex-treinadores também.
Quem presidir a CBF tem que acabar com essa panelinha que manda nas escolhas da seleção brasileira, senão o nosso fundo do poço será bem profundo.
Fiquei feliz de ver essa entrevista de ex-jogadores falando sem medo, sem cooperativismo, sem "não me toque".
O entorno da seleção brasileira precisa ter pessoas como Emerson, Hernanes, Dida e Serginho, porque esses não têm interesses pessoais.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.