Carpini fez o São Paulo jogar como time pequeno e isso quase custou a vaga
O São Paulo se classificou para as quartas de final do Campeonato Paulista às duras penas.
Foi exatamente na última bola do jogo, em um pênalti muito bem marcado pelo VAR e batido por Lucas com toda sua experiência, que o São Paulo se classificou para as quartas de final do Campeonato Paulista.
Mas por que o São Paulo sofreu tanto nesse jogo, correndo sérios riscos de ficar de fora das finais?
Fez um bom primeiro tempo, mesmo com o gramado prejudicado pela chuva e poças d'água em muitos lugares. Conseguiu sair vencendo por 2 a 1, com gols de Ferreirinha e Luciano, com Zé Carlos descontando para o Ituano.
No segundo tempo, porém, o Tricolor treinado por Thiago Carpini se recusou a jogar e claramente tentava segurar o resultado contra uma equipe bem mais fraca, que estava sendo rebaixada.
Fez cera, só tocava para o lado e para trás. A todo momento, algum jogador caía e ficava no chão como se estivesse jogando contra um rival poderoso.
O cúmulo foi quando o técnico Carpini tirou Luciano e colocou Diego Costa, ficando com três zagueiros, deixando claro para o adversário que só iria se defender.
Naquele momento, comentando pela Record, falei que ele estava errando muito nessa substituição, porque chamaria o Ituano para cima.
Foi uma alteração digna de time pequeno, só que o São Paulo é uma potência mundial e isso quase custou a classificação.
Quando o atacante Zé Carlos novamente marcou e empatou o jogo em 2 a 2, já nos acréscimos, com o empate o Tricolor estaria eliminado.
O time se desesperou, o banco não estava acreditando no que estava acontecendo. Até que a entrada imprudente do lateral Marlon no atacante Juan dentro da área deu a última chance para o São Paulo se classificar.
Lucas bateu e marcou, mas a classificação não apaga de forma nenhuma o péssimo trabalho que Thiago Carpini fez no segundo tempo.
O seu time se acovardou e jogou como se fosse uma equipe pequena.
Gosto do trabalho do Carpini, mas ele precisa colocar na cabeça que agora dirige um grande clube com ambições gigantes e que a torcida tem todo o direito de vaiar e xingar o treinador que erra tudo no segundo tempo de um jogo decisivo.
A torcida tricolor lota o estádio em todos os jogos, acompanha o time em todo lugar e nesse jogo específico ela estava certa.
Carpini precisa entender que o pensamento de times grandes é diferente das equipes menores.
Bom, o São Paulo se classificou "na bacia das almas" e enfrentará o Novorizontino no Morumbi. Que esse jogo sirva de lição para Thiago Carpini.
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
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