Prisão de Robinho é primeiro passo para lei contra estupro ser mais rígida
Hoje foi um dia marcante e histórico para a Justiça brasileira. Confesso que eu estava achando que o STJ poderia fraquejar, mas o que aconteceu foi completamente o oposto. O estuprador Robinho foi vencido de goleada e terá de cumprir sua pena de 9 anos de prisão por estupro coletivo de vulnerável aqui no Brasil, como a Justiça italiana pediu. Finalmente esse caso foi resolvido, mas é apenas o primeiro passo para combater a violência contra a mulher.
A mensagem dessa decisão foi clara: não importa onde um brasileiro estuprou uma mulher, porque se for condenado e fugir para cá, não vai mais debochar de ninguém, irá para a cadeia, que é o lugar desses caras. O Robinho debochou da garota, da Justiça italiana, das mulheres, da sociedade mundial, além de ficar passeando pela praia, jogando futevôlei, indo em churrascos como se nada tivesse acontecido. Teve a petulância de participar, com um disfarce fajuto, de manifestações antidemocráticas.
De agora em diante, a lei contra o estupro precisa ser modificada para se tornar mais rígida, para que esses canalhas saibam que se cometerem esse crime perverso, nojento e macabro não se darão mais bem. É um marco na história da Justiça brasileira, porque está prendendo um estuprador famoso, rico e que se achava um Deus.
Com essa decisão, as mulheres subiram alguns degraus na escada da luta contra a impunidade, e eu, como homem, estou muito feliz por ter feito parte dessa luta desde o início do caso Robinho. Ainda na Globo, participei do GE no quadro "Fala Casão", no dia em que saiu a sentença definitiva na Itália.
Nesse dia, dei uma opinião muito forte e puxei um trecho da música "Bola de meia, bola de gude", de Fernando Brant e Milton Nascimento, e que serve muito bem para essa data: "Eu não posso aceitar sossegado qualquer sacanagem como coisa normal". A sociedade brasileira não pode mais aceitar a violência como algo normal e precisa oferecer um lar seguro para todos, mas principalmente para as mulheres.
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