'Racha' entre Melo e Rubão causa demissão e esquenta clima no Corinthians
Fiquei surpreso quando soube que o jornalista Wagner Villaron havia deixado a assessoria de imprensa do Corinthians.
Estranhei muito porque conheço muito bem o Villaron e fui atrás para tentar entender os fatos.
A situação começou quando Augusto Melo e Rubens Gomes, o Rubão, se estranharam após o diretor identificar "coisas estranhas" no contrato com o patrocinador master da camisa, a Vaidebet.
Rubens questionou Melo, que não gostou da cobrança e a relação entre eles piorou.
Com esse ambiente, Villaron ficou no "fogo cruzado" e, embora o seu trabalho no comando da assessoria de imprensa estivesse sendo bem feito, Augusto Melo achou que ele ficou do lado do Rubens e optou por seu desligamento.
É nesse clima que o Corinthians está disputando a Copa Sul-Americana e, neste final de semana, estreia na Neo Química Arena pelo Campeonato Brasileiro contra um dos melhores times do país e um dos favoritos ao título, o Atlético-MG.
Já faz quantos anos que a política do clube está influenciando negativamente em campo? O último título foi o tricampeonato paulista em 2019. Em 2020, começa a gestão Duilio Monteiro Alves, a mais desastrosa da história do clube, que arranhou a imagem do Corinthians e deixou a fama de "caloteiro" no mercado da bola.
Com o grupo liderado por Melo eleito no último pleito, a expectativa dos corintianos era que as coisas mudassem de rumo. Mas, pelo que estou vendo, a incompetência da gestão Augusto Melo só está piorando ainda mais a gestão destruídora de Duilio.
A atual gestão me parece sem comando, com pessoas sem personalidade, e as incompatibilidades começam a aparecer a partir da vaidade e da falta de respeito pelas opiniões diferentes.
O sinal amarelo está aceso desde a eliminação na primeira fase do Paulistão. E agora começará o campeonato mais perigoso e traiçoeiro do ano. O ambiente político tumultuado não ajudará em nada o time dentro de campo, até porque ainda é uma equipe frágil e oscilante.
Não podemos nos enganar com essa goleada contra o Nacional do Paraguai, que só saiu depois que o Corinthians ficou com um jogador a mais em campo.
Mas este texto não é sobre o que acontece dentro de campo, e sim sobre o resultado desastroso da junção de duas péssimas gestões, que colocam o futuro do clube em risco.
Quem comanda o Corinthians de verdade? Rubens sairá do cargo?
A ver as cenas dos próximos capítulos...
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