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Pelas barbas do profeta, Antero. E o que só você viu, Apolinho?

Está sendo uma quinta-feira (16) tristíssima para todos do jornalismo esportivo, para todas as pessoas que se divertiam assistindo a uma partida de futebol narrada por Silvio Luiz e também pelos comentários certeiros de Antero Greco.

Silvio foi um narrador espetacular, marcou época com seus bordões incríveis, que conquistaram todos os torcedores de futebol, mas principalmente as crianças que adoram suas narrações.

Antero, por sua vez, fazia do final da noite — junto com o Paulo Soares — no SportsCenter, todos relaxarem, rirem muito. Sem dúvida, as pessoas iam dormir mais leves com o seu bom humor, sua leveza, educação, gentileza e, o mais importante, tirava risadas históricas do Amigão Paulo Soares.

"Pelo amor dos meus filhinhos", gritava Silvio no meio de uma narração, e divertia a todos, deixando uma partida de futebol além de emocionante, muito atraente.

Enquanto isso, Antero fazia seus comentários ou textos de uma forma inteligente e direta, sendo críticas positivas ou negativas.

Trabalhei junto com Silvio nos primeiros quatro meses de 2024, comentando jogos do campeonato paulista pela TV Record e ele no R7, e sempre encontrava com ele por lá.

Poucas pessoas, inclusive, sabem que antes do Silvio Luiz ser narrador esportivo, ele foi árbitro de futebol dos grandes campeonatos.

E tem uma história que o Silvio carregou para eternidade. Sempre que me via, a primeira pergunta era: "Casão, já aprendeu a fazer o nó na gravata?"

Isso porque, quando chegava no estádio com o terno da Globo e com a gravata na mão, eu ficava com vergonha de pedir para alguém da Globo fazer. Ia até a sua cabine da Band ou da Record e ele fazia o nó da minha gravata.

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Já a minha relação com o Antero era mesmo de ter um mestre à minha frente, e ele foi um dos caras que foram referência para o meu começo como comentarista, porque trabalhamos juntos no início da ESPN em 1996.

Não posso esquecer de falar de outro grande mestre do jornalismo esportivo que foi Washington Rodrigues (Apolinho), que por anos trabalhou como comentarista de rádio no Rio de Janeiro.

Convivi com ele quando estava na seleção brasileira, porque ele cobria os treinos e os jogos quando ficávamos na Toca da Raposa do Cruzeiro.

Também com bordões incríveis e colocações inteligentes e bem humoradas. Apolinho, inclusive, foi treinador do Flamengo em 1995.

Bom, está sendo um dia difícil para todos, principalmente para o jornalismo esportivo.

Meus sentimentos aos familiares do Silvio, do Antero e do Apolinho.

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Transmito todo o meu carinho e amor a todos.

Muito obrigado, mestres. Beijo.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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