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Endrick está se tornando peça-chave para Dorival Jr na seleção brasileira

Não vou dizer que Endrick já merece ser titular absoluto da seleção brasileira, mas vou afirmar que, pelo que fez nos três últimos amistosos, ele merece ter a chance de sair jogando desde o início.

Ele conquistou isso jogando, marcando gols, não por pressão de torcida e nem da imprensa, e sim por ter sido decisivo.

Somando todos os minutos que Endrick jogou contra Inglaterra, Espanha e México, não dá dois jogos inteiros. E ele marcou três gols de peso com a camisa da seleção.

O garoto, ex-Palmeiras e agora do Real Madrid, marcou seu primeiro na seleção brasileira em Wembley, na vitória por 1 x 0 contra os ingleses. Seu segundo gol foi no Santiago Bernabéu, que de agora em diante será sua casa, contra a forte Fúria, no empate por 3 x 3. E neste sábado (8), fez o seu terceiro gol, nos acréscimos, e decidiu a partida na vitória contra o México por 3 x 2.

Endrick mostra a camisa após marcar o gol da vitória do Brasil sobre o México em amistoso antes da Copa América
Endrick mostra a camisa após marcar o gol da vitória do Brasil sobre o México em amistoso antes da Copa América Imagem: Omar Vega/Getty Images

Dorival precisa dar a possibilidade do Endrick começar uma partida até para sentir se ele tem o mesmo rendimento e foco de quando entra no segundo tempo.

É questão de amadurecimento do jogador e, na minha opinião, nesse grupo que irá para a Copa América, ele é superior aos concorrentes nesse momento.

Ele tem mais confiança, já está familiarizado com a camisa amarela e, o mais importante, não sente mais o peso dela.

Espero ver o ataque com Rodrygo, Endrick e Vinicius Jr., que, para mim, quando estiverem entrosados, será um trio ofensivo que deixará qualquer defesa com os cabelos em pé, com juventude, técnica, velocidade, força, foco e poder de decisão, que é o mais importante para um ataque de seleção.

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De 2002 para cá, perdemos muita coisa que sempre tivemos na seleção brasileira, entre elas: comprometimento, identificação com o torcedor e um ataque temido pelos adversários.

E esses três podem recuperar as três coisas, porque temos o Vinicius Jr., que já é um dos melhores jogadores do mundo na atualidade, sendo o favorito para a conquista da Bola de Ouro da France Football e da Fifa.

O último brasileiro a ser eleito melhor do mundo foi Kaká no longínquo 2007.

Temos também Rodrygo, que vem sendo uma peça importante e decisiva em todos os títulos que o Real Madrid, comandado por Carlo Ancelotti, vem ganhando nos últimos anos.

Agora temos Endrick, que vem garantindo seu espaço e sempre sendo muito elogiado pelos jornais europeus, exatamente pela sua maturidade precoce como jogador e, claro, pelos gols de peso que vem fazendo.

Dorival Jr. está montando um bom time, não só um grande ataque. Ainda sem muito entrosamento, sem um time definido, mas com boas convocações, e sem dúvida alguma é uma seleção muito diferente, para melhor, do que estava com Fernando Diniz e que esteve com Ramon Menezes.

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O objetivo principal é chegar em 2026 para disputar a Copa do Mundo com uma equipe pronta, com confiança, personalidade, esquemas definidos e muito competitiva, porque nas últimas cinco edições não incomodamos ninguém e saímos todas as vezes devendo futebol.

Agora, enfrentaremos os Estados Unidos na próxima quarta-feira (12), com a expectativa de que o Dorival Jr. mostre para nós, torcedores, qual é seu time titular para começar a Copa América.

Espero que, pela primeira vez, possamos ver esse ataque em ação, porque eles merecem e nós também.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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