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Agredido, assessor do Atlético-GO definiu Felipe: 'Ser desprezível'

Qual será a atitude que o Fluminense terá sobre a agressão covarde de Felipe Melo ao assessor de imprensa do Atlético-GO, Álvaro Neto?

Fará vistas grossas? Assinará embaixo dessa violência absurda do jogador com a camisa do Fluminense?

Bem, se não houver nenhuma punição interna para Felipe Melo, o Fluminense será conivente com esse comportamento agressivo que ele teve a vida toda.

Agora, Fernando Diniz dizer na coletiva de imprensa, após a derrota do time carioca, que Felipe Melo veste a camisa e defende o Fluminense, como poucos, é de uma irresponsabilidade imensa.

Defender a camisa de um clube não significa dar um soco em alguém, empurrar com violência uma pessoa que está comemorando a vitória de seu time, sem fazer provocação alguma.

A direção do Fluminense não pode passar um pano para isso, porque a sua história é muito diferente desse comportamento violento de Felipe Melo.

O Tricolor carioca é um clube tradicional, com o histórico de fazer grandes times, ter em seu elenco grandes craques e que já teve a história manchada por uma virada de mesa vergonhosa, mas que superou tudo isso com Mário Bittencourt, que conseguiu reorganizar o clube e recuperar o respeito à instituição.

A responsabilidade é grande ao não impedir que a atitude de um jogador com um extenso histórico de violência coloque o Fluminense em evidência pela falta de comando, além das derrotas.

O descontrole emocional que Felipe Melo apresenta é assustador para quem está vendo, imagine para quem foi vítima desses ataques de raiva.

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As reações de Fernando Diniz também são assustadoras, e a mais devastadora delas foi àquela violência verbal ao vivo na partida Bragantino 4 x 2 São Paulo, em Bragança Paulista, em 2021, quando a principal vítima dos seus xingamentos foi Tchê Tchê.

A iniciativa da punição deveria vir do próprio treinador, que não pode admitir que um jogador seu, que nem no jogo estava mais, invada o campo para agredir alguém da outra equipe que nem jogador é.

Quando disse que foi uma covardia o que Felipe Melo fez, é só imaginar um cara que é atleta de alto rendimento, forte, que treina todos os dias indo para cima de um cara com o físico normal, jornalista, que não faz atividades físicas com a mesma intensidade, sendo agredido daquela maneira.

A força é completamente desproporcional entre um e outro.

E dá para ver claramente a cara raivosa e agressiva que Felipe Melo no momento em que partiu para cima e empurrou com toda a sua força o assessor de imprensa do Atlético-GO, que foi pego de surpresa com o corpo relaxado.

Eu dou um pulinho, sinceramente, na adrenalina, eu nem lembro direito. Eu escuto alguém me xingando, e eu sou empurrado por um ser desprezível e desumano, que é o Felipe Melo.

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Álvaro Neto, assessor de imprensa do Atlético-GO, em entrevista ao UOL Esporte.

Felipe Melo está prestes a completar 41 anos (faz em 26 deste mês) e ainda tenta amedrontar adversários e árbitros, como se fosse o dono da bola. Mas no campo já não rende mais como rendeu até o ano passado.

Se o Fluminense, o Fernando Diniz e a comissão de arbitragem não tomarem providências, não poderão mais punir ninguém que faça a mesma coisa.

O árbitro Gustavo Ervino Bauerman (SC) teve atitude e expulsou Felipe Melo após a agressão, com a partida já terminada.

Agora só falta o Fluminense e seu treinador terem uma postura rígida e exemplar.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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