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Corinthians, Flu e Vasco vivem pressão 'caótica' e precisam de mudanças

Álvaro Pacheco, António Oliveira e Fernando Diniz estão no olho do furacão.

Fernando Diniz, apesar de estar fazendo péssimo trabalho neste ano, com o Fluminense na lanterna do Brasileirão, ainda tem o crédito do título da Libertadores de 2023. Mas não sei se até agosto, quando começam as oitavas de final da Libertadores 2024, se seu time continuar nas últimas posições, o presidente Mário Bittencourt conseguirá segurar a enorme pressão interna e da torcida para mantê-lo no cargo.

Em campo, o Fluminense nada acontece: um time sem novidade, com futebol previsível, sem variações táticas e as mesmas alterações durante a partida. Nesta quarta-feira (19), em mais uma derrota, dessa vez para o Cruzeiro, vimos Fernando Diniz repetir tudo o que vem fazendo e que não está dando certo.

O treinador português António Oliveira chegou no Corinthians já com terra arrasada, com o vulcão em erupção, e do dia da sua apresentação até agora tudo foi piorando muito.

Em sua defesa, digo que esse time é o mais fraco dos últimos anos e com menos identificação com a história do clube.

Como exemplo da falta de identificação desses jogadores com o clube, o capitão da equipe está sendo Raniele, que chegou no Corinthians em janeiro de 2024.

Contra o seu trabalho, temos o argumento de que a equipe não evoluiu nada desde a sua chegada, nem taticamente e muito menos tecnicamente, mostrando em todos os jogos as mesmas fragilidades, principalmente a falta de poder de reação.

No entanto, acho que a situação mais delicada é a do treinador português Álvaro Pacheco, do Vasco da Gama, que só dirigiu o time em quatro jogos até agora, mas sem nenhuma vitória.

A sua estreia não poderia ter sido pior: foi goleado por 6 x 1 pelo maior rival, o Flamengo. Na sequência, vieram a derrota por 2 x 0 para o Palmeiras, o empate por 0 x 0 com o Cruzeiro e agora mais um revés, dessa vez por 2 x 0 para o Juventude. O desespero está batendo às portas de São Januário, já se cogitando sua demissão.

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Três grandes clubes em situações caóticas, com o ambiente pesado e com a pressão para alguma mudança urgente aumentando cada vez mais.

Sinceramente, António Oliveira e Álvaro Pacheco dirigem times muito ruins, e não sei se uma mudança terá algum efeito prático em curto prazo. Já o caso de Fernando Diniz é diferente porque seu grupo teve um ano de 2023 incrível, a base é a mesma, e as contratações foram pedidas por ele.

Por exemplo, Renato Augusto e Douglas Costa são dois jogadores com histórico vasto de contusões e, nos últimos anos, sem render o que renderam no passado, que até agora não acrescentaram nada ao time tricolor.

Não me venham dizer que só a saída do Nino e a contusão do André são responsáveis pela desastrosa campanha e pelo time jogar tão mal desde o começo do ano.

Sem contar que, se forem demitidos, os clubes irão quebrar a cabeça para achar alguém com experiência e disponível no mercado para recomeçar um trabalho nessas situações.

Sinceramente, se eu fosse dirigente desses clubes, não saberia o que fazer.

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O Corinthians não tem um centavo disponível para contratar um treinador com alto salário e ainda pagar a multa contratual para o António Oliveira.

Fernando Diniz renovou o contrato agora e por longo tempo, e obviamente a multa deve ser enorme.

Já o Vasco tem o mesmo problema, porque o Álvaro Pacheco chegou agora, a multa deve ser alta e ainda precisa pagar o salário do novo treinador.

E agora, José?

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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