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Inglaterra só poderá sonhar com um título com Pep Guardiola no comando

Gareth Southgate tem recebido muitas críticas por sua abordagem tática, que muitos consideram excessivamente defensiva, especialmente considerando a quantidade de talento ofensivo disponível na seleção inglesa. Sua tendência a priorizar a defesa e esperar por oportunidades no contra-ataque tem frustrado muitos torcedores e analistas.

Durante a Eurocopa, desde a fase de grupos até a final, a Inglaterra demonstrou um estilo de jogo conservador, que parecia mais focado em evitar gols do que em marcar. Este estilo funcionou em certa medida, com a equipe avançando graças à solidez defensiva e algumas jogadas individuais brilhantes, mas também evidenciou a falta de ambição ofensiva.

Na final contra a Espanha, essa abordagem foi particularmente evidente. Enquanto a Espanha buscava dominar a posse de bola e criar chances, a Inglaterra se concentrava em defender e tentar explorar contra-ataques, o que limitava a influência de seus jogadores mais talentosos. Jude Bellingham, Phil Foden e Bukayo Saka muitas vezes pareciam isolados e incapazes de mostrar todo o seu potencial devido à falta de apoio ofensivo e à distância entre os setores do time.

A insistência de Southgate em deixar jogadores como Cole Palmer no banco e utilizá-los apenas em situações de desespero também é um ponto de crítica. Palmer, um dos artilheiros da Premier League, tem mostrado grande potencial e poderia ter contribuído muito mais se tivesse sido usado de forma mais consistente e estratégica.

A questão da continuidade de Southgate no comando da seleção inglesa é complexa. Embora ele tenha levado a equipe a boas campanhas em torneios importantes, como a final da Eurocopa e a semifinal da Copa do Mundo, muitos acreditam que seu estilo de jogo está limitando o verdadeiro potencial do time. Uma abordagem mais ofensiva e agressiva poderia aproveitar melhor o talento disponível e oferecer um futebol mais atraente e eficaz.

A imprensa inglesa já debate a possível saída de Southgate do comando da seleção e alguns nomes surgem no radar. Graham Potter e Mauricio Pochettino são apontados como nomes com boas chances de negócio, enquanto Eddie Howe, Pep Guardiola e até Jurgen Klopp, que deixou o Liverpool recentemente para um período sabático, correm por fora nesta disputa.

A sugestão de contratar um treinador como Pep Guardiola, que tem um histórico comprovado de sucesso com o Manchester City e um estilo de jogo baseado na posse de bola, agressividade e criatividade, é interessante. Guardiola conhece bem os jogadores ingleses e poderia trazer uma mudança radical na maneira como a seleção joga, tornando-a uma força ofensiva formidável.

O tempo até a Copa do Mundo de 2026 é curto e a Inglaterra precisará fazer ajustes significativos se quiser competir de igual para igual com as melhores seleções do mundo. Uma mudança no comando técnico e uma revisão na filosofia de jogo podem ser necessárias para alcançar o sucesso desejado.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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