Minha homenagem a um gênio da bola e amigo: obrigado, Adílio!
A elegância, a técnica cristalina, a cabeça erguida e toda a genialidade do camisa 8 do grande time da Gávea se foram. Adílio foi um dos grandes caras que conheci no futebol.
Ele foi um adversário que virou amigo numa época em que os jogadores se admiravam de verdade e sem vaidade, e jogar por uma camisa diferente não impedia que uma amizade surgisse.
Adílio jogava demais, desfilava em campo e era uma peça fundamental daquele grande Flamengo dos anos 80 que ganhou tudo mesmo. Desde Campeonato Carioca, Brasileiro, passando pela Libertadores, até arrasar com o Liverpool no Mundial Interclubes em Tóquio, com dois gols de Nunes e o terceiro dele mesmo, ADÍLIO!
Era lindo demais vê-lo se movimentando por todos os lados do Maracanã, despejando toda a sua técnica e habilidade com a bola para a gigante e apaixonada massa rubro-negra.
Driblava com tanta facilidade que o adversário ficava perdido, assim como era lindo demais assistir das arquibancadas ou de dentro do campo mesmo a suas tabelas com Zico, Júnior, Tita, Lico e suas assistências para Nunes marcar.
Andrade, Adílio e Zico formaram um dos melhores meios-campos da história do futebol brasileiro, porque havia ali muita arte junta espalhada entre os três. Joguei diversas vezes contra Adilio e ficava admirando todas as vezes que ele pegava na bola.
Algumas vezes jogamos juntos nas férias e depois que paramos também. Infelizmente ele partiu nesta segunda-feira (5). Me bateu uma tristeza muito grande quando recebi essa notícia.
Meus sentimentos para sua família, à massa flamenguista e também para todos os seus amigos mais próximos.
Raul; Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Tita, Nunes e Lico.
Essa formação foi um dos maiores times que vi jogar, que enfrentei, admirei e torci na minha vida.
Muito obrigado, Adílio!
Um grande beijo, meu amigo.
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