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Com Hugo Souza e 'Talesmã Magno', Corinthians pode se salvar

Caramba. Fazia muito tempo que não via o Corinthians fazer uma ótima partida como essa contra o Bragantino. O primeiro tempo foi preciso, atacando rápido pelos dois lados, vi um time bem coletivo e organizado.

A presença de Hugo Souza deu segurança principalmente na saída do gol por sua altura, inclusive ele foi determinante no primeiro marcado por Giovane.

Saiu, pegou a bola lá no alto e já ligou o contra-ataque com Tales Magno na esquerda, que achou Pedro Raul, que fez uma ótima movimentação, batendo em diagonal, com Giovane acompanhando a jogada e marcando.

Logo depois, em outra jogada rápida pela esquerda, dessa vez Matheus Bidu achou Pedro Raul lá no lado direito da área. O atacante deu uma ótima assistência para Tales Magno fazer seu segundo gol em dois jogos.

E não parou por aí, porque Pedro Raul teve mais duas chances frente a frente com o goleiro. Na primeira bateu bem, e o goleiro Fabrício fez uma ótima defesa, mas na segunda chance se atrapalhou com a bola.

Tudo isso aconteceu porque a defesa do Bragantino deu muito espaço, marcando de longe os atacantes do Corinthians, dando totais condições de construir e finalizar todas essas jogadas que descrevi acima.

O esquema que Ramon Diaz armou para a partida facilitou o jogo de Tales Magno, que começou aberto na esquerda, mas com total liberdade para se movimentar por todo ataque.

A defesa corintiana não sofreu no primeiro tempo com o Bragantino praticamente não criando nada, e pouco finalizou com perigo ao gol de Hugo Souza.

O Corinthians teve quatro chances claras de gol e marcou duas vezes. Para um ataque que vem sofrendo muito para fazer gols, foi um ótimo aproveitamento.

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Já no segundo tempo tudo mudou, pois o Corinthians recuou totalmente, aceitando o domínio do Bragantino, que é uma equipe muito bem treinada por Pedro Caixinha e voltou bem mais agressiva.

Logo de cara, Hugo Souza fez uma grande defesa em chute de Eduardo Sacha frente a frente com o goleiro, que mostrou reflexo e uma forte reação dos movimentos defendendo com o braço.

Só que com a insistência, com passes rápidos e usando muito a velocidade de Vinicinho, que entrou pelo lado esquerdo, como na jogada em que Helinho marcou.

O Corinthians começou a ter dificuldade para segurar a bola na frente, o que não aconteceu no primeiro tempo. A bola começou a bater na frente e voltar, e a defesa começou a sofrer para marcar o ataque que Caixinha colocou na segunda etapa.

A entrada do Borbas para se enfiar no meio da defesa deu uma quebrada na linha de três zagueiros armada pelo Ramon Diaz.

Pedro Caixinha mudou seu time para agredir ainda mais. Colocou atacantes rápidos dos dois lados, dois atacantes de área, ficando só com um volante, e muito bom de bola, que é o Lucas Evangelista.

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O Bragantino colocou uma pressão incrível, não deixando o Corinthians sair de trás e nem armar um contra-ataque.

Mas, apesar dessa pressão toda, o goleiro Hugo Souza passou uma grande segurança nesse momento, principalmente nas bolas altas na área. Os três zagueiros (Cacá, Gustavo Henrique e Félix Torres) também foram bem demais nos cruzamentos na área.

O Corinthians carrega a vantagem do empate para o segundo jogo lá na Neo Química Arena, porém, terá que jogar muito mais durante o jogo todo e não só um tempo.
Fez um primeiro tempo impecável e merecia sair vencendo até por 4 a 0, mas o segundo foi completamente dominado pelo Bragantino.

Mas, tudo isso somado, foi a melhor partida do Corinthians para mim.

Ramon Diaz organizou a equipe, mas precisa pensar no Campeonato Brasileiro também, porque lá sim, a coisa está feia.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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