Hugo pega tudo, Garro cria, mas ataque falha: como vencer o Flamengo?

Assim, a grande maioria das chances de gols criadas por Garro são desperdiçadas pela dupla de atacantes, e o Corinthians não sai do lugar.

O time é muito fraco, mas se Yuri Alberto e Pedro Raul tivessem feitos pelos menos uns nove gols somados, o Corinthians não estaria nessa situação delicada.

Aí alguém pode me perguntar: então, para você, Yuri Alberto e Pedro Raul são os culpados pelo time não ganhar os jogos?

Culpados é uma palavra muito forte, mas vamos analisar da seguinte maneira. Hugo Souza está pegando demais, senão o time já estaria quase sem chances. Garro cria diversas oportunidades de gols, mas o time não aproveita.

A responsabilidade maior dessa crise sem fim é a falta de gols. Romero deveria marcar alguns? Claro que deveria. Pedro Henrique poderia fazer uns três pelo menos? Sem dúvida.

Para se ter uma ideia da dificuldade em ir às redes, se o zagueiro Gustavo Henrique não fizesse aquele gol nos acréscimos contra o Juventude pela Copa do Brasil, o Corinthians já estaria praticamente eliminado, já que não consegue marcar.

Contra o Fortaleza, Pedro Raul e Yuri Alberto deram show de horror quando as chances claras apareciam, e assim vem acontecendo no ano todo.

Aí aparecem aqueles que dizem que esse é o melhor ano do Yuri Alberto, que já marcou 14, 15 ou 16 gols no ano, só que o Corinthians foi eliminado na primeira fase do Paulista, está na zona de rebaixamento no Brasileiro e a minha questão é: fazer gols sem peso não adianta nada!

Vejo a imprensa divulgar que clubes ingleses querem Yuri Alberto, mas que campeonato eles estão assistindo?

Vamos lá. Chegou o espanhol Héctor Hernandez, que na Espanha quase não jogou na série A, e na temporada passada caiu com o Chaves para a 2ª divisão do Campeonato Português, mesmo sendo o artilheiro do time.

Se ele disparar a fazer gols por aqui e conseguir salvar o Corinthians, será algo sobrenatural, já que as dificuldades são infinitamente maiores no Campeonato Brasileiro do que no Português.

Tenho outras perguntas a fazer: quem é o responsável por avaliar os jogadores contratados pelo Corinthians?

Quem examinou e avaliou as condições clínicas do lateral Domingos Palácios, que foi aprovado mesmo com sérios problemas de cartilagem no joelho?

Como se gasta uma fortuna em contratações e não chega um nome que faça a diferença?

Dos contratados até agora no ano, só estão dando algum resultado Hugo Souza, André Ramalho, Garro e Alex Santana, apesar de ter jogado pouco.

Mais uma pergunta: por que todo mundo que chega, não importa a sua história nem de onde vem, no Corinthians ganha salários astronômicos?

Igor Coronado é o maior exemplo dessa enorme incompetência de avaliação. Como pode um jogador sem histórico algum de grandes clubes e de grandes ligas receber 2 milhões por mês e não jogar nada, não criar nada e ainda não marcar gols?

Além disso, essa gestão está iludindo o torcedor desde o começo do ano, porque divulga nomes que irá contratar e esses caras vão para os rivais. Se o Corinthians tivesse mesmo contratado os jogadores que falaram, estaria lutando no mínimo por vaga na Libertadores.

Wallace (Cruzeiro), Gabriel (Flamengo), Michael (Flamengo), Luís Henrique (Botafogo), Alex Sandro (Flamengo), Gonzalo Plata (Flamengo), entre outros. E o pior é que a maioria desses caras ganham menos do que Igor Coronado e Yuri Alberto, por exemplo.

Enfim, quando você percebe que está tudo errado de verdade?

Quando você começa escrever um texto sobre Garro, que é o segundo cara que cria mais no Brasileirão, e que os atacantes não marcam gols, e termina mostrando a incompetência de avaliações, de contratações e de salários altos que o Corinthians está fazendo o ano todo.

Duílio Monteiro Alves destruiu com o Corinthians, e Augusto Melo está dando continuidade à essa destruição.

Por toda essa incompetência administrativa, política, para escolher jogadores e para fazer gols, o Corinthians enfrenta neste domingo o Flamengo, um dos grandes times da América do Sul, na Neo Química Arena, que estará super lotada, sem poder perder de forma alguma, mesmo com um time muito fraco que essa gestão formou.