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OpiniãoEsporte

Dorival, esse futebol é um desrespeito ao torcedor; não somos idiotas!

Mais uma partida com um futebol desprezível da seleção brasileira, principalmente no primeiro tempo.

Não dá mais para aguentar assistir a toques para os lados, para trás, sem nenhuma objetividade.

Um meio-campo sem criatividade, um ataque sem agressividade, um time sem intensidade... Alguém consegue apontar algo de bom nessa seleção?

Não há movimentação, o ataque está morto, só recebendo bolas esticadas para brigar com os defensores, e sem jogadas trabalhadas.

E o Dorival Jr. vem e afirma que disputaremos a final da Copa de 2026 com esse futebol?

E ainda alguns ex-treinadores falam que ele está certo, que tem que confiar no "taco".

Pergunto a vocês, ex-treinadores:

Qual "taco"? Qual a base para afirmar isso? Em qual partida essa seleção apresentou um futebol digno para se acreditar, neste momento, que iremos para a final de qualquer coisa? Há dois meses fizemos uma Copa América patética. Essa é a referência ou embasamento para acreditar que chegaremos à final em 2026?

Essa passada de mão e esse cooperativismo enganam o torcedor.

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Temos muito o que melhorar para alguém dizer que temos condições de, talvez, chegarmos até a semifinal, pelo menos.

Essa é a nossa realidade, e não esses devaneios e delírios de que estamos bem, de que só com a história ganharemos algo.

A verdade nua e crua é que temos a pior seleção dos últimos tempos, aquela que apresenta o futebol mais fraco.

Isso não significa que a geração é fraca, mas sim que eles não conseguem jogar como jogam em seus clubes.

Vou repetir: Lucas Paquetá não deveria mais ser convocado por um bom tempo.

Ele está empacando o meio-campo com sua lentidão de raciocínio e movimentação.

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Já os jogadores Alisson, Danilo e Marquinhos, para mim, já deram tudo ou nada para a seleção brasileira.

Chega uma hora em que é preciso renovar por completo. Não adianta ficar insistindo com jogadores que já disputaram duas ou três Copas e não deram em nada e continuam sem desempenhar na seleção.

O esquema de jogo também é arcaico, sempre com dois volantes, um meio-campo sem movimentação e nenhum jogador criativo.

Dorival Jr. convoca Luiz Henrique e Estêvão e escala o time contra o Paraguai sem nenhum dos dois.

Rodrygo, que contra o Equador jogou como falso 9, atuou contra o Paraguai na ponta e só melhorou quando passou para o meio no segundo tempo.

Luiz Henrique e João Pedro entraram no intervalo e deram mais agressividade. Por que, então, não começar com essa formação desde o início?

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Precisa esperar estar perdendo para ter coragem e ousadia?

O Brasil teve um início de segundo tempo em que até criou algo que assustou os paraguaios, mas, com o tempo, foi caindo na mesmice.

Mas foi muito mais na vontade e na empolgação do que com organização tática ou jogadas treinadas.

Cada um tentava resolver do seu jeito, já que o time estava desorganizado.

As jogadas mais perigosas saíram dos pés de Luiz Henrique pela direita, com dribles e cruzamentos fortes, dificultando a saída de Gatito Fernández.

Preciso falar da seleção paraguaia, que fez um ótimo primeiro tempo. Além de marcar um golaço com Diego Gómez, não deixou o Brasil criar nada e nem finalizar com perigo.

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Conseguiu ainda armar alguns contra-ataques que, se os jogadores acreditassem mais, poderiam até ter ampliado o placar.

No segundo tempo, sofreu com o ímpeto inicial da seleção brasileira, mas também recuou bastante para tentar armar uma armadilha, já que o Brasil começou a ir com tudo para frente, mas de forma desorganizada.

Voltando ao trabalho de Dorival Jr., na minha opinião, ele foi muito mal novamente, tanto na escalação quanto na demora para fazer mudanças.

Fora as entradas de Luiz Henrique e João Pedro, ele só foi mexer faltando 15 minutos para colocar Gerson, que já deveria ter entrado no intervalo no lugar de Paquetá, e Lucas Moura no lugar de Rodrygo.
Aí, faltando oito minutos, tirou Arana e colocou Estêvão.

Na prática, ficou um bando de jogadores de amarelo, a maioria sem uma função específica, e a tática foi aquela bem antiga: "Vamos lá!".

Isso é coisa do século passado, mas deixa claro o quanto a maioria dos treinadores brasileiros está ultrapassada.

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Não porque não sabem nada de futebol, mas porque não se interessaram em se modernizar quando o futebol começou a mudar.

Resumindo:

Foi mais um jogo fraquíssimo da seleção brasileira, que só foi agressiva e perigosa com a entrada de Luiz Henrique no intervalo, mas que deveria ter sido titular.

Mais uma vez, demonstramos toda a nossa fragilidade e deficiência com a falta de criatividade no meio-campo.

Abusamos, novamente, do chatíssimo jogo de passes para o lado e para trás quase o tempo todo.

A seleção brasileira demora uma eternidade para passar do meio-campo e é cansativo demais assistir a esse time de Dorival Jr.

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Mais um vexame!

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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