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Quem tem um craque como Almada pode sonhar com o título, sim senhor!

Que diferença abissal há entre os times do Botafogo e do Corinthians! Vou dividir esse comentário por partes:

Nos primeiros 30 minutos de jogo, foi um verdadeiro massacre do Botafogo, e quem segurou a onda foi Hugo Souza, que fez 5 defesas complicadas durante esse tempo. Só para se ter uma ideia, o time carioca havia chutado onze bolas, sendo sete no gol e acertando todas. Enquanto isso, o time paulista havia dado apenas 1 chute, que foi para fora.

Depois disso, o Corinthians começou a arriscar um pouco, principalmente nos contra-ataques, tentando explorar a defesa botafoguense desorganizada. Com o passar do tempo, o domínio do jogo continuou com o Botafogo, mas o ímpeto foi diminuindo aos poucos. No entanto, quem tem um craque como o argentino Almada, que deixou Raniele perdido sem saber onde estava, conseguiu furar o bloqueio defensivo do Corinthians, tocando para Savarino, e a jogada resultou em um gol de Luís Henrique.

Mas, incrivelmente, em seguida, o Corinthians, que não havia feito nada, parecia que iria jogar uma ducha de água gelada na comemoração do gol do Botafogo com um pênalti infantil de Marçal em Matheuzinho. No entanto, Romero correu como "Fred Flintstone jogando boliche" e, obviamente, a bola foi lenta, permitindo que o goleiro John a defendesse tranquilamente.

A ducha gelada, na verdade, caiu na cabeça de todos os jogadores corintianos. Gente, que absurdo essa cobrança de pênalti do Romero! Numa situação crítica como a que o time está, não era hora de fazer pose e dar saltinhos para bater na bola. Vá firme e bata forte em um canto, seja embaixo ou em cima, mas com seriedade!

O Botafogo foi infinitamente melhor que o Corinthians, e o primeiro tempo terminou apenas 1 a 0 devido a Hugo Souza, que defendeu todas as bolas que chegaram. A maior diferença foi a genialidade do argentino Almada, uma contratação incrível do Sr. John Textor, não só para o Botafogo, mas para o futebol brasileiro.

No futebol, tudo pode mudar de uma hora para outra, mesmo que um time seja o líder e o outro esteja jogando para fugir do rebaixamento. O Corinthians, com as mudanças que Ramón Díaz fez no intervalo, voltou muito mais dinâmico, intenso e agressivo. Veio marcando pressão, dificultando a saída de bola do Botafogo, porque não tinha outra opção. Precisava buscar o empate e conseguiu em outro pênalti infantil, desta vez cometido pelo zagueiro Alexander Barbosa, mas quem bateu foi Rodrigo Garro. Correu para a bola e bateu no meio, marcando o gol.

Como mencionei no primeiro tempo, quem tem um craque como Almada, com capacidade para inventar jogadas, driblar e finalizar, pode esperar qualquer coisa de sua parte. Novamente, ele pegou na bola na entrada da área, e Raniele, que entrou como um louco, tomou outro drible desconcertante, permitindo que o argentino marcasse seu primeiro gol com a camisa botafoguense.

Depois, o ritmo do jogo caiu bastante, mas quando começaram as substituições, a diferença de qualidade dos elencos ficou gritante. Quando Ramón Díaz tentou fazer seu time ficar mais criativo, ofensivo e agressivo, colocando em campo Igor Coronado e Pedro Raul, o efeito foi completamente o oposto: nada mais aconteceu. No entanto, na força de vontade e na entrega, o Corinthians tentou conseguir alguma coisa, pois não poderia sequer empatar a partida. Mas a qualidade técnica da maioria dos jogadores não acompanhou a garra que o time demonstrou.

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Com a vitória do Vitória sobre o Atlético-GO, ele ultrapassa o Corinthians por ter duas vitórias a mais. A situação está cada vez mais crítica para o Corinthians, pois todos os outros concorrentes têm jogos a menos e o time não depende mais de si mesmo para evitar o rebaixamento à Série B. Precisará ganhar o máximo de jogos possível e torcer para que os adversários percam seus jogos extras.

O dono do jogo foi o argentino Almada, que é realmente um craque. Tem muita criatividade, dribla bem, finaliza muito e, hoje, contou com a colaboração do volante Raniele, que entrou como um louco nos dois lances que resultaram nos gols do Botafogo. Raniele tomou dribles desconcertantes e ficou perdido em campo, sem saber para que lado Almada foi.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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