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Botafogo manda no jogo, mas não marca e deixa o torcedor impaciente

Esse empate por 0 x 0 entre Botafogo e São Paulo no estádio Nilton Santos foi ótimo para o tricolor paulista, mas não foi tão ruim para os botafoguenses.

Claro que, com o jogo desenhado de forma a ter total domínio do time de Artur Jorge, fica aquele gosto amargo de que poderiam ter vencido, e bem, a partida.

O Botafogo foi o dono do jogo, principalmente no primeiro tempo, criando diversas jogadas, sendo muito agressivo e intenso, merecendo ir para o intervalo vencendo, já que o time de Luís Zubeldía não conseguiu entrar no jogo em nenhum momento.

O Botafogo teve defesas do Rafael, bola no travessão, finalizações de diversas maneiras, mas não conseguiu marcar.

No segundo tempo, a partida continuou da mesma forma, mas com uma diferença importante: o Botafogo começou a errar muitos passes na saída de bola da defesa e também no meio-campo, além de a defesa ter ficado exposta diversas vezes.

Começaram a surgir falhas que não apareceram no primeiro tempo.

O São Paulo, apesar de continuar sofrendo pressão, foi mais incisivo e começou a encontrar alguns contra-ataques, tendo uma grande chance de marcar no segundo tempo.

O Calleri entrou no meio da defesa sozinho na cara do goleiro John, que estava sem ação. Era só escorar, mas o camisa 9 do São Paulo chapou muito por baixo da bola, e ela subiu demais. Foi um gol perdido por uma falha técnica do atacante.

Mesmo com essa grande oportunidade desperdiçada, o Botafogo continuou agredindo e criando ótimas chances com finalizações perigosas.

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O objetivo principal do São Paulo foi alcançado: o empate, para poder decidir no Morumbi em condições iguais.

No entanto, a única vantagem será jogar em casa, diante de um estádio lotado, pois o Botafogo é uma grande equipe e continua tendo certo favoritismo para a classificação.

O São Paulo é um bom time, muito bem armado taticamente, mas depende muito do jogo coletivo, enquanto o Botafogo possui jogadores que podem desequilibrar a partida a qualquer momento, como Savarino, Luiz Henrique e, principalmente, o argentino Almada, que é um jogador fantástico.

Almada tem uma visão ímpar de jogo, dribles curtos que tiram completamente o marcador da jogada e facilidade para clarear a jogada para ele ou para armar seus companheiros.

Esses três jogadores possuem uma qualidade rara no futebol atual: a criatividade.

A grande arma são-paulina, além da força tática e coletiva, será o apoio da torcida, que lotará o Morumbi. Na base da empolgação e raça, o São Paulo precisará impor uma forte dinâmica no jogo para enfrentar uma equipe tecnicamente superior e conquistar a vaga.

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Semana que vem, quem precisará mandar no jogo é o São Paulo, mas sem deixar que o Botafogo se sinta à vontade e pegue gosto pela partida.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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