Rodri está certo: a ganância da Uefa e da Fifa acabará com o futebol
Finalmente os jogadores da Europa resolveram falar e demonstrar toda a insatisfação com as mudanças impostas tanto pela Uefa quanto pela Fifa. Desde que surgiu a hipótese de se formar uma Copa do Mundo de Clubes, venho dizendo que isso tiraria as férias dos jogadores na Europa e prejudicaria o desempenho físico nas Copas do Mundo de seleções.
Vou explicar mais detalhadamente essa situação que faz grandes astros do futebol abraçarem a ideia de uma greve geral na Europa.
Em 2022, aconteceu a Copa do Mundo do Qatar.
Em 2023, começaram as eliminatórias para a Eurocopa.
Em 2024, aconteceram a Eurocopa e a Copa América.
Em 2025, acontecerá a Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos, com 32 equipes.
E, por fim, em 2026 teremos o que sempre foi o evento mais importante do futebol mundial: a Copa do Mundo de seleções.
Fora, obviamente, os campeonatos nacionais, as copas internas dos países (como Copa da Itália, Copa de Portugal, Copa da Inglaterra, etc.), além dos torneios continentais (Champions League, Europa League e a Conference League).
Os jogadores também estão reclamando da mudança do regulamento da Champions League, que, com as alterações, aumentou em dez jogos o calendário europeu. O questionamento de jogadores que atuam na Europa é: "Quantos serão os dias de férias?".
A ganância pelo dinheiro tomou conta do futebol mundial. Não há um dirigente de federações ou confederações que se preocupe com a integridade física dos jogadores de futebol. E, na minha visão, tudo isso é uma burrice, porque eles colocam em risco os grandes protagonistas, que podem se machucar antes ou durante a Copa do Mundo, correndo o risco de nem participarem.
Mas isso preocupa a Fifa ou a Uefa? Claro que não, porque todos os patrocínios são vendidos por um valor altíssimo bem antes desses eventos acontecerem. Então, se os jogadores jogarem ou não, para essas instituições tanto faz, pois o dinheiro já entrou.
Para os donos do futebol, danem-se os torcedores verdadeiros e os amantes do futebol, porque, para eles, o importante é criar cada vez mais torneios para ganharem mais dinheiro. Sem férias, os riscos de contusões aumentam muito, o desgaste psicológico e físico é enorme, e os grandes jogadores vão chegar à Copa do Mundo estafados de treinos, viagens, jogos, pressão para vencer, cobranças, e não conseguirão oferecer o melhor de si no torneio mais importante do futebol.
O volante Rodri, do Manchester City, um dos favoritos à Bola de Ouro deste ano, deu entrevista dizendo exatamente isso: "Nós, jogadores, poderemos entrar em greve em breve." Esse discurso começou a ecoar, e outros jogadores de diversos campeonatos acompanharam a mesma fala do espanhol. Dias após a declaração, Rodri rompeu o ligamento do joelho durante uma partida do clube inglês.
Além disso, dois dos treinadores mais importantes estão apoiando essa decisão dos jogadores europeus: Carlo Ancelotti (Real Madrid) e Pep Guardiola (Manchester City), o que acrescenta um grande peso a essas manifestações.
Se os jogadores não se unirem, o futebol irá diminuir muito em qualidade técnica, além das graves contusões que irão acontecer com muito mais frequência, algo que já está acontecendo. Uma coisa importante que precisa ser ressaltada é que, nessas reuniões em que se decide aumentar jogos e inventar torneios, não participa nenhum jogador em atividade para dar suas opiniões. Quem decide tudo isso fica em um camarote, com ar condicionado, tomando vinho e/ou champanhe, enquanto os jogadores estão fazendo a enésima partida do ano.
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Quero receberSabe o que o futebol virou? Uma arena de gladiadores, como era no Império Romano, quando o imperador ficava sentado com seus parças olhando a destruição dos participantes.
Portanto, concordo plenamente com os jogadores, mas eles deveriam ter intensificado essas manifestações quando essas propostas começaram a se tornar públicas, pois talvez conseguissem impedir esse "massacre". Agora, o dinheiro já entrou nos cofres da Uefa, da Fifa e dos clubes, então acho que não tem mais como impedir.
Dito tudo isso, é importante reforçar: todo trabalhador tem direito a 30 dias de férias.
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