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Corinthians precisa de política pés no chão e sem aventureiros no comando

A situação do Corinthians é disparada a pior entre todos os grandes clubes do futebol brasileiro.

Quem está sempre nas manchetes por não pagar nada é o Corinthians.

Então, não adianta puxar os cabelos ou dar chiliques porque a imprensa fala mais da situação corintiana do que de outros clubes.

É ridícula essa tentativa de minimizar as péssimas administrações que o clube teve, dizendo assim: "Por que vocês não falam dos outros clubes?"; "Todo mundo deve e vocês não falam nada?"; "Vocês querem aparecer em cima do Corinthians?".

Dá pra entender essas falas de alguns "torcedores raiz", que sempre vão aos jogos pagando uma nota para ver o time do coração jogar e irão defendê-lo com unhas e dentes porque amam o Corinthians.

Mas existem aqueles que fazem média com a torcida do Corinthians, aqueles que estranhamente sempre defendem a gestão que está no poder e, para tentar mostrar que são corintianos fieis, atacam as pessoas que estão mostrando a realidade e a verdade dos fatos.

O Corinthians está envolvido em dois casos policiais que estão sendo investigados.

O presidente do Cuiabá está cobrando a dívida pela compra do Raniele, que não foi paga até agora. O Flamengo não aceita as condições de garantia para a compra do Hugo Souza pela fama de caloteiro que Duílio Monteiro Alves criou para o Corinthians.

Ao invés de tentarem tirar o foco atacando a imprensa imparcial por mostrar a realidade, deveriam todos os dias cobrar as gestões do clube nesses últimos anos.

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Os vilões dessa história toda são Duílio e agora Augusto Mello, e não a imprensa.

Eu sou corintiano e estou revoltado com o que fizeram no clube, com o time na situação difícil que está no Campeonato Brasileiro e não faço média com ninguém.

Eu nasci no Parque São Jorge e sempre fui corintiano de verdade, raiz, de ir em arquibancada e de ter jogado desde os meus 11 anos de idade no time.

Eu não virei corintiano, eu sou corintiano!

E o modo verdadeiro de ajudar o clube é cobrando e mostrando a verdade, e não ficar tentando desviar o foco para outros clubes.

O Corinthians deve mais de R$ 2 bilhões, não paga ninguém e continua contratando, sempre aumentando essa dívida absurda, e ninguém dá sinais de colocar os pés no chão para tentar ir diminuindo essas dívidas.

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O Corinthians precisa de uma política de pés no chão.

Se alguém apresentar um projeto com o objetivo de pagar essas dívidas, a torcida entenderá que terá que ter paciência por alguns anos, como fez o Flamengo.

O rubro-negro passou muito tempo correndo riscos, até de rebaixamento, mas quitou suas dívidas e hoje tem uma equipe fantástica e ganha muito dinheiro com tudo que pode, principalmente com as enormes rendas de seus jogos.

O Corinthians lota a Neo Química Arena em todos os jogos, mas onde fica o dinheiro? As contas estão sempre bloqueadas por não pagamento a empresários, clubes, ex-jogadores e tantas outras coisas.

Se ganhar títulos, ótimo, mas o objetivo primordial nos próximos anos deveria ser pagar as dívidas e tirar essa fama mundial de caloteiro que o Corinthians tem, e com razão.

Neste ano vejo como principal objetivo não cair para a Série B, mesmo sabendo que a situação é péssima. Esse deveria ser o foco, para a partir do ano que vem partir para limpar o nome do clube.

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Essas mesmas pessoas que passam pano agora serão as primeiras a escrachar o Corinthians em caso de rebaixamento para a Série B.

Esse momento é o pior que já vi na história do Corinthians, e olha que eu acompanho o time desde 1970.

Para 2025, a folha de pagamento precisa diminuir muito, e para isso terá que entrar em acordo com os jogadores que realmente querem ajudar o clube.

Mais de R$ 1 milhão por mês só para, no máximo, três jogadores. Precisa se desfazer de vários atletas em vendas mesmo que seja por menos do que pagou. Tipo Pedro Raul e Raniele, por exemplo.

Se aparecerem propostas valiosas, precisará vender Yuri Alberto, Ryan e até mesmo Bidon, embora seja um ótimo jogador e com um futuro brilhante pela frente.

Infelizmente, por alguns anos, o Corinthians precisará vender e não comprar.

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Igor Coronado não pode, de forma alguma, ganhar R$ 2 milhões por mês. E ele não entra na minha lista daqueles que ganhariam mais de R$ 1 milhão que citei acima.

Só tem dois jogadores nesse elenco que merecem realmente ganhar mais de R$ 1 milhão por mês: Garro e Memphis.

Alguém terá peito para colocar uma política como essa e segurar a onda?

O momento é de economizar e fazer entrar dinheiro para pagar os credores, para depois encher o cofre com todos os recursos e o peso que a marca Corinthians tem.

O clube está precisando urgentemente de pessoas inteligentes e profissionais, e não de aventureiros.

Precisa de um marketing potente, como tínhamos na época da Democracia Corinthiana, nas mãos do maior gênio da publicidade que este país conheceu, mas que nos deixou ontem: o saudoso Washington Olivetto.

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Tantas pessoas geniais e corintianas poderiam colocar as coisas em ordem, assim como fizemos no começo dos anos 80, quando em todas as áreas tinham pessoas geniais, até mesmo na psicologia, que era uma novidade, com o também saudoso Flávio Gikovate.

O problema é que essa gestão, assim como a anterior, não tem credibilidade nem contatos para tentar resgatar corintianos ilustres com ideias incríveis para começar uma ação forte para recuperar o clube.

O Corinthians é muito grande e não pode ter no poder pessoas pequenas de ideia e competência.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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