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Botafogo dá um baile no Peñarol; só uma catástrofe impede final brasileira

Um Botafogo espetacular, genial e intenso deixou o Peñarol sem rumo, sem saber o que aconteceu.

Luiz Henrique é outro garoto incrível, não só pela bola que tem, mas também pela personalidade e força física. Mais um jogador brasileiro que, nesse meio de semana, pegou a bola, colocou debaixo do braço e mandou no jogo, assim como fizeram Vinicius Jr., Raphinha e Deyverson.

O problema é que a justiça espanhola resolveu abrir investigações no caso das apostas em que ele supostamente está envolvido, mas isso é com as investigações. Eu quero escrever sobre o baile que o Botafogo deu nesse primeiro jogo da semifinal da Libertadores.

A estratégia do treinador Diego Aguirre funcionou até os 34 minutos do segundo tempo, que era de fazer o máximo de cera possível, picotar o jogo, irritar os jogadores do Botafogo e jogar por uma bola.

Mas segurar esse time do Artur Jorge é muito complicado, porque se tiver o mínimo de espaço, o Botafogo envolve qualquer adversário, principalmente na Libertadores. Aguirre levou um nó tático no segundo tempo e não se tocou até agora como isso aconteceu.

Depois do primeiro gol do Savarino, o Peñarol não viu mais a cor da bola, se perdeu por completo taticamente, e o Botafogo usou esse desequilíbrio do adversário da melhor maneira possível.

Foi fazendo um gol atrás do outro com Savarino (2), Alexander Barboza, Luiz Henrique e Igor Jesus, e poderia ter feito muito mais, porque no segundo tempo o Peñarol foi atropelado e nem conseguiu anotar a placa da carreta.

Foi uma exibição de gala e talvez a melhor partida do Botafogo no ano de 2024 pela importância do jogo. Não caíram na provocação uruguaia, principalmente no momento que o jogo estava amarrado e picotado.

O Botafogo está praticamente com os dois pés em uma final inédita e provavelmente com o também fortíssimo Atlético-MG. Os brasileiros amassaram dois dos times mais importantes e vencedores da América do Sul de uma forma brilhante e genuína, tanto que River e Peñarol não tinham a menor ideia da força técnica e tática e até onde Atlético e Botafogo poderiam chegar num confronto contra eles. Além do Luiz Henrique, todos os outros jogadores fizeram uma partida espetacular, e essa vitória foi indiscutível.

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O VAR não errou, o árbitro não teve influência, nenhum gol gerou dúvidas de nada, foi tudo muito legítimo. Agora é esperar a próxima semana para o jogo de volta, sendo que tanto o Atlético MG quanto o Botafogo não podem sentar em cima da vantagem, por maior que seja.

Dessa vez, somos nós que não temos a mínima ideia do que vamos encontrar pela frente. Foco total, seriedade máxima, fazer outro jogo como se não houvesse o amanhã para garantir mais uma final brasileira.

E será muito justo se Atlético-MG e Botafogo se confrontarem nessa final da Libertadores, porque são dois times fortíssimos e farão um jogaço caso isso aconteça. Só uma catástrofe astronômica tirará um dos dois dessa grande partida.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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