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Gabriel deixa claro que decisão é com ele mesmo

Flamengo deu show num Maracanã lotado, sem dar nenhuma chance ao Atlético MG. No primeiro tempo, o Galo não viu a cor da bola, com um domínio completo do Flamengo em todos os setores.

Léo Ortiz e Léo Pereira colocaram Hulk e Paulinho no bolso, tanto que o Luiz Carlos, na narração do SportTV, nem falou o nome dos atacantes atleticanos porque não pegaram na bola.

O meio de campo foi o setor mais desproporcional tecnicamente nessa partida. O Gerson desfilou pelo Maracanã e, como dizia o genial Fiori Giglioti: "O Gerson gosta da bola".

Distribuiu o jogo de um lado para o outro com muita facilidade e criatividade, sendo o grande maestro do time rubro-negro com o suporte físico e de marcação do garoto Évertton Araújo. Gerson é um tipo de jogador que, se não for marcado de perto, manda na partida e dita a dinâmica mais favorável ao seu time.

Daí para frente, foi um tormento para o Galo, porque o ataque do Flamengo se movimentou muito e de forma correta, tanto que os dois gols foram feitos através da movimentação de seus atacantes.

No primeiro, todo mundo participou da jogada até a movimentação perfeita do Gabriel pela esquerda, que conseguiu um forte chute que sobrou para o Arrascaeta marcar um belo gol.

E no segundo, foi uma escapada inteligente do Gabriel pela direita e, lembrando seus melhores momentos, deu um tapa e marcou o segundo. Todo o time do Flamengo jogou muito bem o primeiro tempo, sem exceção.

Do lado do Atlético, achei que o Gabriel Milito escalou um meio-campo muito limitado tecnicamente e só com o Gustavo Scarpa com criatividade. Mas, aberto na direita, não tinha muito o que fazer.

O segundo tempo começou mais equilibrado, mas o problema é que o Flamengo tem um cara que é super decisivo. Num contra-ataque com Alcaraz e com uma movimentação perfeita novamente, o Gabriel recebeu e finalizou de uma forma incrível no meio de três marcadores, marcando o terceiro gol flamenguista.

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Desde que o Filipe Luís assumiu, eu falei que tinha certeza que ele iria tentar recuperar o Gabriel, dando moral e colocando o cara como titular. Tinha que insistir mesmo porque ele estava muito tempo sem jogar, desmotivado e com um ambiente desfavorável a ele com o Tite.

Muita gente começou a cobrar o Filipe para tirá-lo do time porque o Gabriel não estava jogando bem. Mas voltou a mostrar que, num jogo decisivo, ele não pode ficar de fora porque pode fazer a diferença.

Com as mexidas feitas pelo Gabriel Milito, o Atlético MG ficou mais agressivo e entrou no jogo, pressionando o time do Flamengo. O Galo precisava de um cara de área, e foi exatamente esse cara que deu vida ao time mineiro, não só na partida como também para o próximo domingo na Arena MRV.

Alan Kardec, como puro centroavante, dominou de costas e deu uma incrível virada, batendo forte no canto. Depois desse gol, o Flamengo ficou acuado, porque o Galo queria mais.

Esse resultado de 3 x 1 deixa o Flamengo com uma grande vantagem para vencer a Copa do Brasil, o que salvaria a sua temporada. Claro que o Atlético-MG, em casa, tem todas as condições de reverter esse resultado, mas precisará jogar muito mais do que jogou nessa partida.

Comparando os dois jogadores mais decisivos de seus times, sem dúvida alguma, o Gabriel foi muito melhor que o Hulk. O Gabriel fez dois gols e participou diretamente no gol do Arrascaeta, enquanto o Hulk foi o pior jogador da partida na minha visão.

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Não fez absolutamente nada. Não criou, não chutou em gol, não partiu para cima, enfim, o Galo precisa muito do seu protagonismo. Na semana que vem, teremos outro espetáculo, mas dessa vez da torcida do Atlético MG, que lotará a Arena MRV.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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