Série sobre Senna na Netflix traz as manhãs dos domingos em família
Nessa terça-feira (26) tem a pré-estreia de 2 episódios da série sobre o Ayrton Senna, do canal Netflix, no Auditório do Ibirapuera.
Antes de começar, quero agradecer à direção da Netflix pelo privilégio de ter sido um dos escolhidos para assistir a toda a série antecipadamente.
Além disso, também fui um dos escolhidos para entrevistar o ator Gabriel Leone, que interpretou maravilhosamente bem um dos maiores personagens da história do esporte mundial.
Bom, vou começar com uma parte que realmente não achei justa e que me incomodou: a diferença de espaço que tiveram as personagens da Xuxa, que foi muito bem interpretada pela atriz Pâmela Tomé, e a Adriane Galisteu, a quem a atriz Júlia Foti deu vida na série.
Entendo a incompatibilidade da família Senna com a Adriane, porque devem ter seus motivos, mas a história não pode ser modificada cortando uma personagem importantíssima, tanto que era a namorada do Ayrton no momento do acidente e sua morte. Faltou ter mais espaço para ela, para enriquecer ainda mais essa história incrível. Outra reclamação é que faltou Corinthians na história, né?Vamos para a série.
Me emocionei o tempo todo pela idolatria que tenho pelo Ayrton desde o início de sua paixão pela adrenalina, ainda no colo de seu pai.
A história foi muito bem feita e contada de uma forma que eu mais gosto nos filmes e séries, que é o vai e volta no tempo. Isso me fascina, e sei bem da dificuldade que é contar uma história com esse estilo, mas fica incrível, porque é lindo demais ver o Ayrton dentro do kart, ainda criança, fazendo uma curva e a imagem mudar para um carro de Fórmula 1 terminando essa curva em um grande prêmio. Eu viajo no tempo, principalmente porque a interpretação do Gabriel Leone faz isso com a gente.
As rivalidades, amizades, inimizades, disputas, amores, desamores; tudo isso sendo mostrado com muita realidade e sensibilidade.
As relações com os outros pilotos, nos bastidores e dentro da pista.
Ayrton, antes de virar um ídolo mundial, era um grande fã da Fórmula 1, principalmente de Niki Lauda, e isso é mostrado com muita clareza na expressão do Gabriel Leone, com cara de Ayrton Senna.
Gostei muito também da fidelidade na interpretação dos personagens; todos eles são muito próximos da realidade, sem que se tornem caricaturas.
Muito pelo contrário, você assiste com muita emoção e bem focado na história, graças ao ótimo e dinâmico roteiro, mas muito pela interpretação dos atores.
Todos ótimos, mesmo aqueles que aparecem pouco na série, mas todos marcantes: Niki Lauda (Johannes Heinrichs), Alain Prost (Matt Mella), James Hunt (Leon Ockenden), Galvão Bueno (Gabriel Louchard).
Quero destacar também o único personagem que é ficção, mas que tem uma importância enorme nessa trama. A atriz Kaya Scodelario interpreta a jornalista Laura, que tem a função de ligar as histórias e, ao mesmo, contá-las durante a série. Assim como a atriz Alice Wegmann, que faz o papel da Lilian Vasconcelos, a primeira mulher do Ayrton. Essa personagem é imprescindível para o início dessa história.
Se preparem para entrar dentro da tela e chorar muito de saudade, não só de uma época em que a Fórmula 1 fazia parte dos nossos domingos vitoriosos, como também do próprio Ayrton Senna.
Eu, por exemplo, tenho uma idolatria enorme por ele, principalmente porque jogava na Itália e a única coisa que me fazia estar por cima dos meus companheiros italianos eram as vitórias do Ayrton.
Porque todos os domingos tomávamos café e íamos para a sala de TV assistir às corridas. Eles eram fanáticos pela Ferrari e eu pelo Ayrton. Nós tínhamos sido eliminados pela Itália na Copa de 1982, então o Ayrton era a minha revanche.
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Quero receberAdorei a série toda e a minha conversa com o Gabriel Leone, que, além de ser um ator talentosíssimo, é também um cara super simpático e legal, que é o mais importante.
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