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Violência em São Paulo: polícia para quem precisa de polícia

Muitos irão entrar neste texto comentando da seguinte forma:

"Esse espaço é de esporte."
"Você não entende nada de futebol e ainda quer escrever sobre política?"
"Não sei como o UOL paga para esse cara escrever bobagens."

Esse espaço é livre, e escrevo sobre o que eu quiser. Jamais iria me calar quando vejo alguns policiais de São Paulo pegando um cidadão indefeso, desarmado, sem estar fazendo nada, e jogá-lo de cima de uma ponte.

E mesmo que estivesse fazendo algo de errado, ninguém tem o direito de tratar um ser humano como se fosse um saco de batatas. A polícia não é paga para jogar pessoas de cima da ponte, nem para matar atirando pelas costas de uma pessoa desarmada que roubou três sacos de sabão em pó de um mercado.

Essas duas imagens são chocantes e mostram o tamanho do despreparo e a sensação de poder que alguns policiais têm. Não estou generalizando, e sim falando de duas atitudes completamente desumanas de pessoas que deveriam proteger a sociedade e não cometer crimes horrendos, mesmo sendo filmados.

Qual será a justificativa que o governador Tarcísio de Freitas usará para essas cenas? É assim que ele quer que a polícia defenda a população? Jogando pessoas de cima da ponte? Atirando pelas costas de um ladrão de sabão em pó? É com esses tipos de comportamentos que o governo de São Paulo quer que a sociedade se sinta segura?

Alguns policiais tratam as pessoas como se fossem animais e com crueldade, porque não há como definir melhor o que essas imagens mostram. O que vai acontecer? Afastamento para investigar? Mas investigar o quê, se as imagens são claríssimas e não deixam dúvidas em nada? Cometeram dois crimes perversos e covardes que não têm nenhuma explicação para o que fizeram.

A polícia tem que combater a violência e não criá-la. A polícia precisa proteger a sociedade e não amedrontá-la. A polícia é para quem precisa de polícia.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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