Jogar com o Magrão foi incrível, mas conviver foi poético: 'Ô saudade'
Foram muitos treinos, muitos jogos, muitas jogadas, muitos gols. Foram tantas viagens, tantas conversas, tantos bares, tantas cervejas.
Demos muitas risadas juntos, nos apaixonamos juntos, ouvi lamentos e me lamentei também.
Foram tantas lutas pela democracia, pelas Diretas Já, por igualdade de grupo, contra perseguições.
Muitos shows, cantamos com a Rita Lee, com o Gonzaguinha, perdemos para a França, ganhamos um bicampeonato.
A gente foi cada um para o seu lado, mas voltamos juntos ao mesmo ponto de início.
A gente se apaixonou um pelo outro, mas também virou a cara um para o outro.
Quando falo que a minha relação com o Magrão foi amor, é porque nós tivemos todas as felicidades e todos os problemas que pessoas que se amam têm.
Sentimos saudades um do outro, mas também tivemos orgulho para ceder.
A gente se olhou, e a bola rolou, e nunca mais deixou de rolar nas nossas vidas.
Para eu falar sobre o Magrão, é como uma poesia que às vezes rima e outras não, mas sempre faz sentido.
Hoje faz 13 anos que o Magrão se foi, e me vêm à cabeça algumas frases clássicas que ele soltava sempre que estávamos juntos sem compromisso, e uma delas é marcante porque acho que ele falaria isso para mim e eu responderia o mesmo para ele:
"PAIXÃO NÃO, MAS Ô SAUDADE!"
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