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Se o Flu cair, quem será o maior responsável? Diniz, diretoria ou os dois?

Com o fim da 37ª rodada, o Fluminense vive situação crítica entre aqueles que correm risco de cair para a Série B. O campeonato chega na última rodada com quatro times na luta para fugir do rebaixamento: Atlético MG com 44 pontos, Fluminense com 43, Athletico com 42 e Bragantino com 41. Os confrontos desses times definirão o fim de campeonato de cada um deles.

Em BH, se enfrentarão Atlético-MG e Athletico. Os mineiros jogam pelo empate para se livrar de qualquer risco, mas os paranaenses conseguem se salvar também com um empate a depender dos outros jogos.

O Bragantino recebe o já rebaixado Criciúma e precisa vencer. Como conquistou uma vitória inesperada na Ligga Arena, deve ter se enchido de confiança para essa decisão no domingo.

Agora, o tricolor carioca está numa situação delicadíssima porque virá para o Allianz Parque jogar contra o Palmeiras, que precisa vencer para ter chances de ser tricampeão brasileiro. Se Palmeiras e Bragantino vencerem e Atlético x Athletico empatarem, em 2025 o Fluminense estará na Série B do Campeonato Brasileiro, mas no Mundial da Fifa em julho, nos Estados Unidos.

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Bom, o Fluminense fez um péssimo campeonato, sendo que, em nenhum momento desde a primeira rodada, esteve distante da zona de rebaixamento. Quando Fernando Diniz foi demitido, o tricolor das Laranjeiras estava na lanterna e, só com uma vitória de lá para cá. Com o Mano Menezes, ainda conseguiu vencer mais 10 jogos. Mas não foram o suficiente para deixar o time numa situação segura.

Sem dúvida nenhuma, isso é sequela do elenco desgastado e envelhecido deixado pelo Fernando Diniz, que, depois do título da Libertadores de 2023, ao invés de renovar a equipe, seguiu a mesma linha, contratando o Renato Augusto, com 36 anos, e Douglas Costa, com 34 anos, que, inclusive, nem no Fluminense está mais. A direção também tem muita responsabilidade nessa história por ter se submetido aos caprichos de Fernando Diniz.

Agora, está no sufoco, precisando empatar com o Palmeiras para se salvar de vez do rebaixamento sem depender de outros resultados, mas não tem um time confiável. O planejamento para o ano de 2024 foi desastroso e feito em cima de um deslumbramento do título da Libertadores. Foi feito com a soberba de seu ex-treinador, que se acha um gênio e acredita plenamente que, em suas mãos, qualquer jogador, independentemente da idade e da qualidade técnica, conseguirá jogar como um craque.

Mano Menezes obviamente também tem a sua responsabilidade, mas pegou o time no buraco mais fundo do campeonato e com um elenco que, além de ter muita incompatibilidade, precisava de jogadores com força, mais jovens, e não foi o que herdou. Agora, vemos um time à beira de um ataque de nervos, completamente perdido, e que, apesar de ter vencido o Cuiabá por 1 x 0, se vê numa situação delicada.

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Desde o ano passado, venho chamando a atenção para o risco de ter uma equipe com um enorme número de jogadores acima de 34 anos, que não darão um real aos cofres do clube, que precisará contratar para formar um elenco muito forte. Porque, independentemente de cair para a Série B ou não, irá para o fortíssimo Mundial da Fifa.

As perguntas são:

Com qual dinheiro fará essas contratações necessárias?

Como irá se virar com os jogadores veteranos que não jogaram nada, ganham muito e, se saírem ou resolverem se aposentar, não darão lucro algum ao clube?

Se o pior acontecer, será por teimosia da diretoria, soberba e deslumbramento. Taparam os olhos e os ouvidos e seguiram todos os pedidos do Fernando Diniz.

E agora, Mário?

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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