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Santos pode evitar tsunami na Baixada com vitória sobre o São Paulo

No embalo da mega apresentação do Neymar, o Santos, em situação delicada no seu grupo do Campeonato Paulista, recebe o também embalado São Paulo.

O time de Pedro Caixinha vem de três derrotas consecutivas sem jogar bem e a pressão está menor do poderia ser, porque o foco virou totalmente para a volta e apresentação de Neymar. Apesar disso, se o Santos não ganhar o clássico deste sábado (1º), pode começar um tsunami na Baixada Santista.

O Grupo B está embolado, porém a derrota do Red Bull Bragantino por 2 a 1 para o Novorizontino ajudou o Santos. Só que para isso se concretizar, a equipe alvinegra precisa vencer o clássico.

Já o São Paulo está de bem com a vida não só por ocupar a liderança do grupo C, com 10 pontos e dois jogos a menos, mas também pelo desempenho do Oscar e Lucas Moura na vitória sobre o Corinthians. O time titular do técnico Luis Zubeldía estará em ação novamente na Vila Belmiro, o que gera uma grande expectativa da torcida tricolor.

Na minha visão, o São Paulo é favorito nesse confronto, porque tem o mesmo treinador há mais tempo e o time é muito mais forte que o do Santos. Zubeldía tem mais alternativas do que o Caixinha.

Outro ponto que coloca o Tricolor em vantagem é a a atual situação de Zubeldía, que tem um time que vence e convence, enquanto Caixinha pode correr sérios riscos caso não vença o clássico numa Vila Belmiro lotada, vibrante e entusiasmada pelo efeito Neymar.

Para terminar, vou contar a história de um San-São espetacular de 1984... O Campeonato Paulista daquele ano foi em pontos corridos e o Santos — que era um timaço — foi o líder invicto da competição.

Eu havia chegado no São Paulo com o campeonato em andamento e me entrosei rápido com o time e meus novos companheiros. Era uma equipe jovem, junto com a experiência da maior dupla de zaga que vi, joguei contra e ao lado: Oscar e Dário Pereira. Eles jogavam demais e até hoje acredito que seja a melhor dupla de zagueiros da história do Tricolor.

Essa foi a melhor partida do São Paulo no ano de 1984, porque amassamos o forte time da Vila por 4 a 1 e poderíamos ter feito uns 5 ou 6 só no primeiro tempo, que foi incrível. Nós começamos vencendo com um belo gol de Pitta, um dos melhores atletas que dividi o campo.

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Pitta era craque demais e, na minha visão, foi muito injustiçado na seleção brasileira, principalmente na Copa de 1986.

Logo depois, com uma jogada em velocidade e dribles do ponta Sidney, ele cruzou e eu entrei pelas costas da defesa para fazer, de cabeça, o nosso segundo gol. O Santos tentou reagir e diminuiu com o ótimo jogador Lino, mas nós nem levamos em conta e fomos para cima.

Numa falta do meio campo, o lateral Nelsinho, amigo que gosto muito, cruzou na entrada da área. O Careca cabeceou para dentro, justamente onde eu estava. Fiz mais um belo gol de cabeça fazendo: 3 a 1.

Ainda no primeiro, nós fizemos uma jogada similar, só que fora da área, com o Careca lançando para entrada da área e eu cabeceei forte no travessão. Foi um dos lances mais incríveis daquele campeonato pela dificuldade das ações.

Eu era o camisa 8, e o Careca era o 9. Nosso entrosamento foi instantâneo, com muito sincronismo de movimentação. Quando ela saia da área, eu entrava no espaço como centroavante e isso matava a defesa adversária.

Falando no Careca... No segundo tempo, ele marcou o nosso quarto gol, matando o jogo dominado pelo São Paulo do começo ao fim.

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Esse jogo foi em 2 de setembro de 1984, em um domingo, às 16h, no Morumbi, com a presença de 62.639 pessoas.

O São Paulo do técnico Cilinho jogou assim: Barbiroto; Fonseca, Oscar, Dário Pereyra e Nelsinho; Zé Mário, Casagrande e Pitta; Geraldo, Careca e Sidney.

Já o Santos, que era treinado pelo Carlos Castilho, entrou em campo com Rodolfo Rodrigues; Chiquinho, Marcio (Fernando e Toninho Oliveira), Toninho Carlos e Gilberto Sorriso; Humberto, Paulo Isidoro e Lino; Gersinho, Serginho Chulapa e Zé Sérgio.

Espero que neste sabado Santos e São Paulo façam um jogaço como historicamente esse clássico é.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

4 comentários

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George Newton Carneiro Lima

E o Rodolfo Rodrigues era um goleiro espetacular né…da uma certa nostalgia vendo a escalação dos times. A maioria eram ao menos bons jogadores. Hoje em dia, apesar de termos bons jogos, a maioria é mediana. Uma pena. Abraços casão. 

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Wagner Rodrigues de Miranda

E foi ganhamos 3 a 1 Santooooooosssss

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Ricardo de a Fernandes

Casagrande, o tsunami já chegou lá. Time sofrível sem garra e comandado por um técnico péssimo. Espero uma sonora goleada para o São Paulo, apenas não sei de quanto kkkkk.

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