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Estêvão era prioridade do Barcelona. Plano mudou após Vitor Roque e Yamal

Prestes a ser anunciado como contratação do Chelsea por 65 milhões de euros (cerca de R$ 360 milhões), o atacante Estêvão esteve por cerca de um ano na lista de prioridades do Barcelona. A diretoria do clube catalão — em especial Deco, diretor de futebol — considerava o jovem de 17 anos um nome importante para a reconstrução do clube nos próximos anos.

Mas, afinal, por que o Barcelona desistiu de entrar na briga com o Chelsea pelo jogador revelado pelo Palmeiras? Dentre os fatores que explicam a mudança da estratégia, há três que são fundamentais.

Falta dinheiro no Camp Nou

O primeiro é a crise financeira do clube catalão: apesar de ter ajustado suas contas à base de vender parte de seu patrimônio e comprometer receitas dos próximos anos, o Barcelona ainda não está em condições de competir no mercado por grandes contratações, como seria o caso do brasileiro.

Para ter dinheiro em caixa e poder se lançar no mercado, o clube presidido por Joan Laporta precisaria de, pelo menos, duas vendas de grande porte: o zagueiro Ronald Araújo, o meio-campista Frenkie de Jong e o atacante Raphinha estavam entre os cotados para deixar o clube. Só que, pelo menos até agora, nenhum negócio foi fechado.

Vitor Roque em ação pela Copa do Rei, em Barcelona x Barbastro
Vitor Roque em ação pela Copa do Rei, em Barcelona x Barbastro Imagem: Pedro Salado/Getty Images

O caso Vitor Roque

Outro fator que influenciou a decisão de não entrar na briga por Estêvão foi o desgaste causado pela situação de Vitor Roque, também atacante e brasileiro, que chegou em janeiro e teve poucas oportunidades com o técnico Xavi, demitido na sexta-feira (24).

Nos bastidores do clube, a informação é que a queda de braço do então treinador com Deco e o presidente Joan Laporta era intensa, e a falta de oportunidades a Vitor Roque era um dos principais motivos de tensão.

Nos meses em que deveria estar avançando nas negociações por Estêvão, o Barcelona estava resolvendo uma guerra interna, que tinha como pivô involuntário um outro jogador brasileiro. Com Vitor Roque pouco aproveitado no elenco, o empresário André Cury — representante do jogador — fez duras críticas a Xavi na mídia catalã.

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O mesmo Cury foi quem, em outubro de 2023, havia colocado na mesma mesa Ivo Gonçalves, pai de Estêvão, e Deco, para falar do futuro da joia palmeirense. Diante de toda a tensão causada pela situação de Vitor Roque, a diretoria do Barcelona entendeu que não era hora de priorizar a contratação de outro jovem atacante brasileiro.

Lamine Yamal, do Barcelona, em ação contra o Betis
Lamine Yamal, do Barcelona, em ação contra o Betis Imagem: Eric Alonso/Getty Images

O efeito Lamine Yamal

Além dos motivos econômicos e da crise nos bastidores, há outra razão meramente futebolística pela qual o Barcelona colocou o pé no freio nas investidas por Estêvão: a explosão de Lamine Yamal, de apenas 16 anos, novo candidato a estrela do clube e possível titular da seleção espanhola na Eurocopa.

Revelado nas categorias de base do Barcelona, Yamal ganhou espaço no time titular justamente quando o clube analisava as possibilidades econômicas de contratar Estêvão. Como ambos jogam na mesma posição, a ponta-direita, a diretoria do clube deixou de ver o brasileiro como prioridade.

Em sua primeira temporada completa como profissional, Lamine Yamal já disputou 49 partidas, com sete gols e sete assistências pelo Barcelona. Na seleção espanhola, são seis jogos, com dois gols e uma assistência, além do recorde de jogador mais jovem a marcar um gol pela equipe.

Reportagem

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