Chelsea tem plano para tirar Estêvão da ponta e testá-lo como 'camisa 10'
Estêvão, um dos jogadores mais promissores do futebol brasileiro nos últimos anos, pode mudar de posição quando chegar à Europa.
Aos 17 anos, o prodígio do Palmeiras joga na ponta direita e foram suas atuações pelo lado do campo que o levaram ao acordo com o Chelsea, para onde irá no ano que vem. No clube inglês, contudo, ele será testado em uma posição mais centralizada, numa função de meia de criação — o famoso "camisa 10".
A avaliação do Chelsea é que Estêvão pode render ainda melhor se sair da ponta direita e tocar na bola mais vezes durante os jogos. A equipe enxerga no brasileiro potencial para ser o responsável pela criação das jogadas pelo meio, com liberdade para cair pelas pontas quando houver espaço.
Na última temporada, a função de terceiro homem do meio-campo do clube londrino foi exercida por Cole Palmer. O inglês, de 22 anos, chegou do Manchester City em agosto, ganhou lugar no time titular e tornou-se um dos principais jogadores do elenco.
Palmer terminou a temporada 2023-24 com 25 gols e 15 assistências e ganhou prêmios de melhor jogador do Chelsea e de melhor jogador da Premier League na votação dos fãs. As atuações o levaram à seleção inglesa, que terminou com o vice-campeonato da Eurocopa.
Estêvão, que já imitou até a comemoração de gols de Palmer, está em sua primeira participação com a equipe principal da seleção brasileira. Ele estará à disposição de Dorival Júnior para o duelo contra o Equador, às 22h desta sexta-feira, em Curitiba, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Elenco superlotado
Nos últimos anos, depois da saída do russo Roman Abramovich, o Chelsea tem se notabilizado por uma estratégia agressiva no mercado da bola: comprar jovens em atacado, emprestar a maioria e tentar vendê-los para fazer caixa.
A tática provoca contextos, no mínimo, curiosos: na pré-temporada, o Chelsea chegou a ter 45 jogadores no elenco.
Diante deste cenário, é natural que pairem dúvidas sobre o futuro de Estêvão no clube. Para André Cury, empresário do jogador, não há motivos para se preocupar. Ele disse que aprova a possível mudança de posição.
"Ele se adapta a qualquer estilo de jogo. O Chelsea é um clube que enxerga o Estevão jogando como 10, e isso é importante. Ele pode se desenvolver ainda mais jogando pelo meio", disse o agente ao UOL.
Plano era ter Endrick
Antes de contratar Estêvão, em uma operação com valor total de 61,5 milhões de euros (R$ 380 milhões em valores atuais), o Chelsea tentou contratar outra joia palmeirense. Em entrevista ao The Guardian, em dezembro do ano passado, o atacante — hoje no Real Madrid — contou que já se imaginava vivendo no frio de Londres.
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Quero receberDepois de ter o negócio praticamente fechado, a equipe londrina desistiu. O argumento era que pagar 60 milhões de euros (R$ 370 milhões) em um garoto então com 16 anos inflaria o mercado e dificultaria futuras compras.
Dois anos depois, a avaliação nos bastidores do clube é que valeu a pena não inflar o mercado e esperar por Estêvão. A expectativa pela chegada do brasileiro em Stamford Bridge é grande. Seja para jogar na ponta, seja para receber chances como camisa 10.
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