Festa esvaziada e final no Qatar tiram peso de possível 'troco' de Vini Jr.
Vini Jr. tem nesta terça-feira (17) a segunda e última chance de ser coroado melhor jogador do mundo pela temporada 2023-24, quando liderou o Real Madrid rumo aos títulos da Liga Espanhola e da Champions League.
Mas, por uma série de fatores, o Fifa Awards — substituto do The Best — não terá o clima de "vingança" do brasileiro, que perdeu a Bola de Ouro para Rodri, em outubro, em decisão controversa que levou o Real Madrid a boicotar o evento em Paris.
A cerimônia oficial da Fifa será realizada de forma online, por falta de datas no apertado calendário europeu, e também para evitar boicotes e ausências: em 2023, o vencedor Lionel Messi não apareceu para recolher o prêmio.
O evento virtual terá sua base em Doha, no Qatar, onde a cúpula da entidade está no país para a decisão do Intercontinental, entre Real Madrid e Pachuca. Ou seja: a entrega dos prêmios acontecerá à sombra de um evento maior da própria entidade.
Vini Jr. também estará em território catari, com a delegação da equipe espanhola. Mas, até a noite de segunda-feira (16), não houve qualquer comunicação com o estafe do brasileiro para que ele fosse ao local onde o evento será gravado. O mais possível é que haja uma conexão ao vivo com os vencedores.
Sem uma gala física, em que poderia olhar nos olhos dos adversários e falar para milhares de pessoas, um Vini Jr. preso a uma tela ou em um vídeo (gravado ou não) parece pouco. E ele mesmo sabe disso.
Em contato com a coluna, pessoas próximas ao camisa 7 do Real Madrid afirmaram que a expectativa dele pelo prêmio não é comparável à que antecedeu a Bola de Ouro. Naquela época, Vini contava os dias para o prêmio e ficou afetado ao não terminar na primeira posição; Rodri levou a melhor por 41 pontos (1.170 a 1.129).
Para o evento da France Football, em outubro, empresas ligadas ao jogador chegaram a preparar ações e produtos vinculados ao "melhor do mundo", e viram seu planejamento ruir; desta vez, esse tipo de movimento foi bem mais calculado. Vini também não está no mesmo clima: o evento online e a final de quarta-feira ajudam nisso.
Entre os grandes
Mesmo esvaziado, o Fifa Awards é a chance de Vini Jr. entrar em um grupo que tem alguns dos maiores ídolos do futebol brasileiro.
Entre 2016 e 2023, quando o prêmio chamou-se The Best, nenhum brasileiro conquistou o troféu. Quem chegou mais perto foi Neymar, terceiro colocado em 2017.
Só que antes, com o nome de "Jogador do Ano da Fifa", o País viu cinco campeões do mundo (Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Romário, Rivaldo e Kaká) conquistaram o prêmio. Ronaldo conquistou três vezes, Ronaldinho duas, e Vini Jr, Romário, Rivaldo e Kaká uma vez cada.
O colégio eleitoral do Fifa Awards é composto por capitães e treinadores de seleções nacionais, jornalistas e pelos votos no site do evento. Uma configuração bem diferente da Bola de Ouro, em que votam 100 jornalistas, dos países mais bem colocados no ranking da Fifa.
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