Muito gol, pouca festa: como filho de Beto, ex-Fla e Botafogo, chegou à MLS
O mais novo brasileiro da MLS é filho de peixe. Pedro Henrique Fonseca de Araújo Martins, o Pedrinho, de 21 anos, cresceu com um ídolo em casa. Ele é filho de Beto, meio-campista que brilhou no Botafogo, no Flamengo e que chegou à seleção brasileira nos anos 1990.
Também meio-campista, Pedrinho estreará na liga norte-americana pelo FC Dallas, depois de uma temporada de estreia brilhante pelo North Texas, na MLS Next Pro — uma espécie de campeonato de aspirantes.
Criado nas categorias de base do Flamengo, Pedrinho chegou a estrear pelo time profissional no fim de 2023, mas preferiu trocar o Brasil pelo sonho americano. Já na primeira temporada, marcou 13 gols, deu 8 assistências e foi uma das estrelas do título do North Texas.
Como o time é uma espécie de satélite do FC Dallas, o passo para a MLS seria natural. No início desta semana, o clube anunciou a contratação. O primeiro acordo é para a temporada 2025, com opção de renovação para os dois anos seguintes.
"As pessoas podem achar meio estranho, mas eu sempre pensei na MLS como uma alternativa para minha carreira. Eu tinha muita curiosidade para conhecer a liga daqui", disse o jogador ao UOL no fim de novembro, semanas antes de ter a contratação anunciada.
Inspiração em casa
Nascido em 2003, quando o pai jogava no Consadole Sapporo, do Japão, Pedrinho lembra-se pouco das partidas de Beto. Mas os conselhos do pai são uma parte importante da carreira do jovem.
"Neste primeiro ano ele ainda não conseguiu me visitar, por causa do visto. Mas ele assiste a todos os jogos online, mesmo de madrugada, e depois conversamos. Ano que vem, quero trazer minha família para ficar um tempo aqui", conta o novo jogador da MLS.
Pedrinho se lembra de uma dica que mudou sua forma de jogar. "Meu pai falava que eu tinha que pisar mais na área. Que tinha que tentar fazer gols. Fiquei com isso na cabeça, e esse ano deu muito certo", afirma.
Além dos conselhos táticos e técnicos, Beto também alertou o filho sobre o comportamento fora de campo. A presença constante na noite rendeu ao ex-jogador o apelido de "Beto Cachaça"; e ele já disse para Pedrinho "dar uma segurada" nas festas.
"Às vezes eu pedia pra sair e ele falava que não. Daí eu respondia que ele também saía quando jogava, e ele me dizia que só começou a sair quando chegou no alto nível", conta Pedrinho, com um sorriso no rosto: "É um conselho bom, porque ele chegou muito longe. Então ele sabe o que pode e o que não pode fazer".
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