Flamengo vira com raça sobre o Galo depois de sofrer gol irregular

O atacante começou a jogada na entrada da área mineira, ao dar pisão em Bruno Henrique, e saiu em desabalada corrida para completar, com arte, lançamento precioso de Saravia, aos 33 minutos.

Como o torcedor do Galo vive se queixando de ser prejudicado em jogos contra o rival, veremos se, desta vez, ao menos reconhece o erro de arbitragem como vingança.

Allan, cada vez que pegava na bola, era vaiado sem dó.

No segundo tempo, Matheus Cunha salvou o Flamengo três vezes antes de Everson evitar o empate dos pés de Bruno Henrique, em contra-ataque.

E Zaracho levou o estádio à loucura ao aplicar chapéu em Dom Arrascaeta, desses lances cada vez mais raros no futebol cada vez mais pragmático.

O Flamengo não repetiu a atuação da vitória contra o Grêmio — e o Galo jogou ainda melhor que na derrota para o mesmo Grêmio, quando só não fez o gol.

Empenho, registre-se, desta vez não faltou aos cariocas, muito ao contrário.

Aos 34 minutos, em cobrança de falta na entrada da área, Dom Arrascaeta empatou 1 a 1 com a qualidade que traz do berço.

Era justo como devolução do erro do apito, mas não exprimia o clássico.

O empate significava o nono jogo invicto do Rubro-negro e o oitavo sem vitória do Galo com Felipão.

Mas o Mengão é malvadão.

Aos 43, Dom Arrascaeta achou Wesley nas costas de Arana e o garoto cavou sobre Everson para virar — e aí já não se poderia mais falar em injustiça, porque do empate em diante o Flamengo prevaleceu.

Uma vitória de lavar a alma rubro-negra e derrota para estragar o fim de semana alvinegro.

Com direito a recital de Dom Arrascaeta, que entrou no intervalo no lugar de Éverton Ribeiro, sofreu a falta que converteu em empate e deu o passe para a virada. Gênio!