Itaquera merecia torcida para ver o Corinthians ganhar do digno Vasco
Até que o Corinthians fizesse 1 a 0, aos 18 minutos de jogo, a Fiel deve ter se arrependido amargamente por ter sido homofóbica e proibida de ir ao estádio de Itaquera para ver o clássico contra o Vasco.
O Alvinegro jogava muito bem e Renato Augusto pontificava mais uma vez ao pegar a bola pela esquerda, virar o jogo para Adson na direita, correr para a meia-lua, receber de volta e com um toque de classe fazer o pivô para Maycon bater seco e sair para o abraço.
Maycon, por sinal, acabou o primeiro tempo como melhor em campo, seguido por Adson.
Só que, gol tomado, o Vasco criou coragem e ameaçou a meta de Cássio algumas vezes, numa delas, com Seba, de maneira inacreditável, aos 36 minutos.
O jogo era muito melhor que a encomenda diante das circunstâncias do estádio vazio e da posição dos dois gigantes na tabela do Brasileirão.
No intervalo o Cruzmaltino permanecia no último lugar, com nove pontos em 16 jogos e o Timão, com os mesmos 16, subia para o 14º lugar, deixava o Santos para trás e com um jogo a menos e, com 19 pontos, se aproximava do grupo intermediário, cinco pontos à frente da ZR.
Fagner e Fausto Vera nos lugares de Caetano e Renato Augusto foram as providências de Vanderlei Luxemburgo.
Ramon Díaz pôs Gabriel Pec, Orellano e o estreante Paulinho no Vasco, nos lugares de Jair, Pumita e Figueiredo.
Sinal de que as cadeiras vazias sofreriam com os donos da casa mais preocupados em defender o resultado do que em aumentar a contagem.
E o Vasco começou o segundo tempo no ataque.
Dificilmente a Fiel nas arquibancadas deixaria o Vasco de hoje pressionar como passou a fazer.
Mas, aos 15, Ruan Oliveira puxou o contra-ataque, passou para a Roger Guedes que deu na medida para Yuri Alberto se livrar de dois vascaínos e mandar no ângulo, em belo gol.
Os Matheus Bidu e Araújo entraram imediatamente para Fábio Santos e Ruan descansarem.
O Vasco também mexeu, mas por mexer, (Carabajal dentro, Praxedes fora) porque já não havia muito o que fazer. Não é possível pensar numa quinta queda cruzmaltina em apenas 15 anos.
E Pec também acha, tanto que acreditou em ótima jogada de Orellana, e de uma indecisão de Bidu com Cássio, para diminuir, aos 24: 2 a 1.
Newsletter
OLHAR APURADO
Uma curadoria diária com as opiniões dos colunistas do UOL sobre os principais assuntos do noticiário.
Quero receberSó que quando a fase é ruim dá tudo errado.
No minuto seguinte, Paulinho meteu a mão na bola em cruzamento de Yuri e Roger Guedes fez 3 a 1 na cobrança de pênalti.
Biro substituiu Adson nos anfitriões e Miranda foi trocado por Paulo Henrique nos visitantes.
O Vasco ainda seguiu insistindo, em atuação digna, embora insuficiente.
No fundo, no fundo, é muito triste ver estádio vazio para punir cafajestagem e o Vasco de novo em situação tão delicada.
O time do Corinthians, cuja atuação hoje merecia campo lotado, não tem nada com isso e ganhou mais uma partida de seis pontos.
Deixe seu comentário