Certas coisas não acontecem mais com o Botafogo
O Botafogo começou o jogo contra o Coritiba como costuma fazer em casa: na pressão.
E logo aos 3 minutos, Gustavo Sauer, a surpresa do técnico Bruno Lage, fez 1 a 0 em belíssimo arremate, depois de lance em que Eduardo havia sido atropelado na área, certamente pênalti que o VAR nem precisou avaliar porque, já se diz nas pelada, pênalti em gol é gol.
Não que o jogo lembrasse peladas, fique claro, muito ao contrário, era bom, muito bom.
Mas cinco minutos depois o botafoguense viu daquelas coisas que só acontecem com o Botafogo.
Diogo Oliveira ganhou pelo alto de Sampaio e deu para Bruno Gomes encobrir Lucas Perri no gol mais espetacular do Brasileirão até agora: 1 a 1 e dificuldades pela frente.
Perderia o líder o 100% em casa para um time na zona do rebaixamento.
Tantas que o Coritiba chegou a virar em gol anulado depois de revisão por falta em Tchê Tchê no inicio da jogada.
Foi preciso muito trabalho e cabeça fria para que Tiquinho, de cabeça em escanteio, fizesse o 2 a 1 e seu 12º gol no campeonato, aos 36.
Então, aos 47, Victor Sá fez jogada à Mané Garrincha pela esquerda e a novidade de Lage, Sauer, não perdoou: 3 a 1!
Estava encaminhada a nona vitória no Nilton Santos, mantidos os admiráveis 100% em casa. E em ótimo jogo.
Nem bem começou o segundo tempo, em contra-ataque, Tiquinho ampliou, em novo passe de Victor Sá, com o detalhe de que quem começou a jogada foi o artilheiro do Brasileirão: 4 a 1.
O Coxa nem merecia ser goleado, mas o Fogão merecia golear, se é que dá para entender.
Campeão antecipado do primeiro turno, o Botafogo mostra à exaustão que não está mais ameaçado pelas tais certas coisas.
Como mais de 43 mil torcedores testemunharam ao bater o recorde de presença em 2023, o que é digno também de ser comemorado e mantido daqui para frente.
Reportagem
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