Corinthians faz tudo certo e vira com boa atuação
Fosse qual fosse o placar final em Itaquera, com 40 mil torcedores, o Corinthians fez certo na noite traumática da perda de Roger Guedes: escalou time misto para enfrentar o Newell's Old Boys.
A prioridade deve ser mesmo sair da situação incômoda no Brasileirão. E especular na Copa Sul-Americana.
Mesmo sem alguns de seus principais jogadores, como Renato Augusto, que nem no banco estava, a molecada fez bom primeiro tempo, ao criar sem-número de chances de gols, ora esbarradas no goleiro, ora em finalizações imperfeitas.
Certamente o 0 a 0 não fazia justiça ao desempenho do time que, no entanto, tomou dois sustaços, quase num gol contra de Murilo que Cássio evitou como Cássio, e noutro em que o goleiro soltou bola fácil e quase permitiu que o rebote acabasse na rede.
O lance deu coragem aos visitantes que passaram a jogar de igual para igual.
Yuri Alberto seguia com esforço máximo e rendimento mínimo.
Não dava para dizer que a Fiel já sentia saudades de Roger Guedes, porque, provavelmente, ele não estaria mesmo no jogo.
Nos acréscimos, depois de duas confusões e bate-bocas, o Newell's desceu pela esquerda e fez 1 a 0 com Portillo.
Justo não era, mas quem disse que existe justiça em futebol?
Parecia claro que os visitantes voltariam mais confiantes para a segunda etapa que os anfitriões começaram a disputar sem Cássio, machucado e trocado por Carlos Miguel, e com Wesley no lugar de Matheus Araújo.
De fato, voltaram, mas, aos 54 minutos, Ruan Oliveira foi puxado na área e Yuri Alberto, com 500 quilos nas costas, bateu o pênalti para empatar: 1 a 1.
O empate deveria trazer de volta a calma que havia permitido a superioridade até tomar o 1 a 0 e desaparecido depois do gol, algo típico de time ainda inexperiente, recheado de garotos.
Com banco fraco, Vanderlei Luxemburgo lançou mão de Romero no lugar de Biro, aos 62, provavelmente porque o menino cansou de tanto ir e vir.
E brilhou a estrela do treinador.
Fagner lançou Romero que foi ao fundo e cruzou para Wesley fazer seu primeiro gol como profissional, o da virada para 2 a 1.
Inegável a mudança no astral corintiano e indiscutível o papel do treinador, em noite de super-lua, para a Fiel voltar a sorrir e confiar.
Diga-se, sem menosprezar a virada dos garotos, que o Newell's é fraco, 14º colocado no recém terminado Campeonato Argentino.
A Copa Sul-americana, única taça que falta ao Corinthians, começa a ser algo a se ponderar.
Aos 75, hora dos titulares: Gil e Fausto Vera nos lugares de Fagner e Ruan Oliveira.
O NOB veio para cima pelo empate e, aos 79, Carlos Miguel fez sua primeira defesa difícil no nono jogo de que participa em busca de manter a invencibilidade.
Que foi mantida, com justiça.
Agora é pensar no Inter, sábado, às 18h30, no Beira-Rio.
Na terça-feira a volta em Rosário com o NOB, pelo empate.
Errata:
o conteúdo foi alterado
- Diferentemente do que foi informado no texto, Carlos Miguel chegou ao seu nono jogo pelo Corinthians, e não oitavo. O erro foi corrigido.
Reportagem
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