Juca Kfouri

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Reportagem

Sofrimento, nervosismo e decepção na eliminação das brasileiras

Sofrimento! E decepção.

O primeiro tempo entre Brasil e Jamaica foi disputado sob a marca do sofrimento.

As Canarinhas com a bola, as Canarinhas rondando o gol jamaicano, Rainha Marta em campo, mas nada de gol, muitos erros na hora de finalizar, com a lateral Tamires tendo a melhor chance, bem neutralizada pela goleira, pouco, por excesso de ansiedade.

76% de posse de bola, 11 finalizações contra nenhuma, seis entre as traves, cinco sem maior perigo.

Se o time havia sido incapaz de entrar leve em campo para jogar com alegria nos primeiros 45 minutos, a expectativa para os últimos era ainda de mais nervosismo, de mais sofrimento.

E a Seleção Brasileira veio com Bia Zanerato para decidir, no lugar de Ary Borges.

Mais que samba x reggae, era um time de azul e branco, o do Brasil, com todos os recursos à disposição, contra outro, de amarelo e verde, a Jamaica, que viajou para Oceania à custa de vaquinhas e abnegação.

O jogo chegava aos 60 minutos e as caribenhas resistiam invictas, sem levar um gol sequer, da França, do Panamá e do Brasil.

Um time de pais com menos de três milhões de habitantes contra outro com mais de 200 milhões!

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Haviam jogado apenas uma vez, na Copa do Mundo de 2019, com vitória brasileira por 3 a 0.

A tudo Pia Sundhage via inerte enquanto o tempo passava rapidamente. 75 minutos.

Geysi, Andressa Alves e Duda Sampaio foi o pacote triplo de trocas aos 80, com as saídas de Antonia, Marta e Luana.

Mais de 27 mil torcedores lotavam o estádio de Melbourne, palco de mais uma decepção do futebol brasileiro. 85 minutos.

Restava bater palmas para as jamaicanas. 90 minutos. E se despedir da Rainha Marta.

Apesar da cera inevitável, apenas mais quatro minutos de acréscimos.

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Mas poderiam jogar a noite inteira e a madrugada que as Canarinhas não fariam gol.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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