Juca Kfouri

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Reportagem

Golaço de Gerson dá vitória que o Flamengo não mereceu

No impecável gramado do Couto Pereira lotado, Bruno Henrique já começou o jogo com o turbo ligado na sexta marcha.

Aos 32 anos, ele deixava o menino Diogo Batista, de 19, para trás em todas as disputas, não importava quantos metros saísse atrás do lateral do Coritiba.

Que explorava as costas de Filipe Luís, de 38 anos.

Tentou uma, tentou duas, três, quatro, na quinta vez deu certo e o veterano defensor do Flamengo atropelou Robson na área e o próprio Robson se encarregou de fazer 1 a 0 na cobrança do pênalti.

Sem proteção, o lateral rubro-negro não é mais solução.

A alegria coxa não durou nem dois minutos porque Wesley, aos 17, também foi atropelado por Moreno e Gabigol converteu o penal para empatar 1 a 1.

Até aí o centroavante havia feito duas finalizações horrorosas, mas o gol parece ter calibrado sua pontaria a ponto de ele ter mandado no travessão um passe excelente de Bruno Rodrigues que estava em tarde inspirada, com belas jogadas seguidas.

E foi Bruno Henrique quem, aos 31, comeu dois coxas pela esquerda, pôs a bola na cabeça de Victor Hugo que a mandou para a de Dom Arrascaeta virar e fazer 2 a 1.

Nem por isso o Coritiba desistiu. Por duas vezes Matheus Cunha evitou o empate com os pés, assim como Bruno Henrique teve a chance de coroar sua atuação em contra-ataque com o 3 a 1, mas Gabriel Vasconcelos defendeu.

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O primeiro tempo terminou com nota 8 em Curitiba.

E o segundo começou disposto a aumentar a nota.

Na primeira descida paranaense, Gómez cruzou, a bola sofreu leve desvio, Fabrício Bruno deixou a bola passar e Edu a cutucou para o fundo da rede, aos 35 segundos.

Só que o Flamengo baixou a intensidade, o Coritiba não e deu a impressão de que queria mais a vitória.

Entao, aos 16, Jorge Sampaoli pôs Éverton Ribeiro no lugar de Victor Hugo e Ayrton Lucas no de Filipe Luís.

O 2 a 2 não diminuía a vantagem do Botafogo sobre o Flamengo e nem aliviava o desespero do Coritiba, na vice-lanterna.

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O Flamengo passou a errar saída de bola atrás de saída de bola e quem saiu de campo foi Gabigol, trocado por Luís Araújo, aos 26.

A exemplo de Thiago Kosloski, Sampaoli completou a quinta troca com Thiago Maia e Pedro nos lugares de Pulgar e Bruno Henrique.

Aos 43, Matheus Bianqui perdeu a chance de virar para o Coxa ao chegar meio segundo atrasado na segunda trave.

Como sempre, quem não faz toma e quem tem craque sempre tem vantagem: nos acréscimos, de fora da área, num tirambaço, Gerson fez o 3 a 2 que não merecia.

Reportagem

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