Corinthians tem boa, e insuficiente, vitória sobre o Estudiantes
O Estudiantes tinha o jogo sob controle, mais posse de bola, mais lances insinuantes, parecia perto da abertura do placar, quando surgiu um escanteio para o Corinthians e a batida de Matias Rojas no segundo pau foi colhido por Gil que enfiou a bota na bola e estufou a rede argentina, aos 15 minutos.
Gol inesperado, mas gol válido de qualquer maneira e que o efeito de tornar o jogo mais igual, porque ficou claro que surpresas acontecem.
Depois disso houve três lances importantes: um cobrança de falta na trave que morreu caprichosamente nas mãos de Cássio, um pênalti claro não assinalado para o Corinthians é um gol perdido por Fábio Santos, fominha ao não passar para Yuri Alberto livre na pequena área.
Diga-se que o jogo era bem disputado e, sobretudo, com lealdade, em clima de futebol, não de guerra como tão comum nos torneios continentais, principalmente entre brasileiros e argentinos.
Como aos 10 minutos do segundo tempo o domínio voltou a ser portenho, Vanderlei Luxemburgo, cujo time não tem nem 50% da organização do adversário, pôs Mosquito no lugar de Biro.
A vantagem corintiana não era exatamente justa, mas era insuficiente para ir jogar em La Plata.
E Yuri Alberto era novamente um desastre. Seus erros de passes, de arremates, nas tentativas ofensivas, são diretamente proporcionais ao seu indiscutível esforço. Dá até dó.
Aos 68, Giuliano e Romero entraram entraram nos lugares do discreto Rojas e do incompreensível Yuri Alberto.
O jogo chegava aos 70 minutos sem maiores emoções.
Seis minutos depois, Moscardo achou Maycon na área e o corintiano, desequilibrado, venceu o goleiro e viu a zaga salvar na linha fatal.
Ruan Oliveira no lugar do excelente Moscardo foi a terceira mexida de Luxemburgo e diga-se que pelas oportunidades criadas já era justa a vitória alvinegra, embora, repita-se, insuficiente. Preservá-la em Itaquera era preciso e na Argentina tão difícil como no Morumbi.
Aos 83, Mosquito, o herói do empate contra o Cruzeiro, recebeu de novo de Romero como no Mineirão e, sem goleiro, mandou a bola nas alturas, num gol perdido que certamente fará muita falta no moderno estádio do Estudiantes, para 30 mil torcedores. O futebol é cruel.
Registre-se, também, a ótima atuação do sistema defensivo corintiano, diante de 35 mil torcedores, prova de que a Fiel está desconfiada, com razão.
Pena que sete corintianos, homenageados em Itaquera, não puderam comemorar a vitória.
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