Juca Kfouri

Juca Kfouri

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Maracanã vê noite de gala do Fluminense

Água mole em pedra dura tanto bate até Kfouri.(Epa!).

Gracinhas à parte, eis o resumo do primeiro no Maracanã feericamente tricolor.

O Fluminense simplesmente amassou o Olimpia desde o pontapé inicial, ofensivo desde a escalação com John Kennedy titular na noite em que Donald Trump se entregou à polícia nos Estados Unidos.

Mas os paraguaios não se entregavam.

Primeiro ônibus estacionado à frente da área com cinco rodas.

Segundo com quatro.

Por dentro ou por fora, a bola sempre esbarrava em uma delas, até que, aos 43 minutos, Keno achou Cano na área, o goleador fez o pivô para André que se livrou de um e arriscou da entrada da área.

A bola desviou numa das rodas chamada Gamarra e morreu no fundo da rede.

Na comemoração, Ganso, que vestia a camisa do Fluminense pela 200a. vez quase arrancou a de André, que a envergava pela 150a. ocasião., no décimo aniversário dele nas Laranjeiras.

Continua após a publicidade

Estava aberta a oficina paraguaia, gol do único volante escalado pelo audacioso Fernando Diniz, mas um volante flex, excelente de área à área.

Um pouco antes, na única jogada perigosa, um arremate por cima da trave assustou o Maracanã.

Nada indicava que o Olimpia mudaria a retranca no segundo tempo, como fizera contra o Flamengo, quando sofreu o 1 a 0 aos dois minutos e nem por isso alterou a maneira de jogar, ao apostar no jogo de volta, no Defensores del Chaco.

Martinelli logo entrou no lugar de Felipe Melo, aos 56.

O polivalente André foi para zaga.

E Cano tratou de fazer o 2 a 0 em lance eletrizante, aos 58.

Continua após a publicidade

Keno foi ao fundo, Árias espanou a bola, Kennedy bicicleteou, a zaga afastou, Martinelli devolveu e Cano fez lindo voleio para ampliar. Que gol! E Cano fez o L.

E o Flu queria mais e fazia por merecer.

De repente, por motivos óbvios, o Olimpia se mandou à frente e passou a exigir mais cuidados defensivos do Flu que, no entanto, passou a ter o espaço que não tinha até fazer o segundo gol.

O 3 a 0, amigas e amigos, mataria a quarta de final e permitiria imaginar Inter x Flu nas semifinais.

A aplicação tricolor chegava a ser comovente e o time todo jogava muito, difícil apontar o melhor.

Ganso saiu e Alexsander voltou, além de Arias trocado por Léo Fernández, aos 76.

Continua após a publicidade

Três minutos depois, por muito pouco Germán Cano não fez mais um.

O Fluminense gastava a bola, buscava mais gols, criava, desarmava, sufocava, era guerreiro e artístico ao mesmo tempo

Ah, Diniz, se a Seleção Brasileira jogar assim, que maravilha será.

Guga e Lelê , aos 86, diante de 64 mil torcedores, nos lugares de Kennedy e Samuel Xavier.

O resultado não assegura a vaga, mas deixa o Flu muito perto da semifinal.

Bastará não se acovardar em Assunção e aproveitar os espaços que terá.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

Só para assinantes