Juca Kfouri

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Reportagem

Grêmio derruba o Palmeiras e deixa o Botafogo mais relaxado

O futebol gaúcho que dominou as décadas de 1970, com o Inter, e 1990, com o Grêmio, ainda deve um título do Campeonato Brasileiro no Século 21.

Nada indica que será neste ano.

O Inter está mais perto de cair do que de ser campeão, embora possa ganhar a Libertadores, e o Grêmio terá de remar demais para buscar o Botafogo.

De qualquer modo, o Imortal entrou em seu gramado disposto a fazer o Palmeiras pagar pelo que a arbitragem fez em Itaquera.

E logo aos 8 minutos, João Pedro recebeu bela enfiada de bola de Luis Suárez e fez 1 a 0 porque a lei do ex é a lei do ex.

O bom presságio não se confirmou porque o Palmeiras tomou conta e se Endrick, no lugar de Rony, fosse adulto teria marcado pela uma das três oportunidades criadas para ele e desperdiçadas ou porque alguém mais forte impediu ou porque não alcançou a pelota.

Seja como for, o Alviverde fez por merecer ao menos o empate ao fim do primeiro tempo, que não aconteceu também porque Grando fez milagre nos pés de Raphael Veiga.

Prova maior da superioridade palmeirense estava nas trocas no intervalo, ambas no Grêmio: Cristaldo por Galdino e Nathan por Ferreira.

Em resumo: Renato Portaluppi estava insatisfeito e Abel Ferreira gostava do que via.

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Aos 10 minutos, como o Grêmio seguia dominado, André substituiu João Pedro Galvão.

O Palmeiras dominava, mas não machucava e o Grêmio tentava ameaçar nos contra-ataques quando Rony, Luiz Guilherme e Kevin, nos lugares de Endrick, Marcos Rocha e Artur em noite apagada.

O clássico chegava aos 20 minutos em clima tenso, de decisão mesmo, dois times em busca de se aproximar do Botafogo. Que a tudo via satisfeito porque se manteria sete pontos à frente do Palmeiras, e oito do Grêmio, mesmo que venha a perder nesta sexta-feira, em Itaquera.

Como depois de visitar o Corinthians o líder receberá o Goiás, a vida dele permitia olhar relax para a rodada, mesmo, aliás, se o Palmeiras empatasse. Só se vencesse poria pressão de verdade.

Richard Rios, aos 28, no lugar de Gabriel Menino enquanto o Grêmio errava pontadas na hora agá.

Abel Ferreira se mostrava pistola com seus jogadores, não com a arbitragem, coisa rara.

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Aos 35, o controverso Breno Lopes substituiu Zé Rafael porque o Palmeiras despencava a olhos vistos, como se cansado de dar murro em ponta de faca, impotente.

Aos 40, contudo, Villasanti foi expulso e poderia ser o soro que faltava aos paulistas.

Luis Suárez saiu para o menino Ronald ajudar a fechar no meio de campo, já que era 10 x 11.

O tempo ameaçava fechar a cada lance mais ríspido e a bola não saía dos pés verdes.

Weverton foi para área gremista e a bola foi ao travessão de Gabriel Grando, em cabeçada de Gustavo Gómez. Que loucura!

O Grêmio está em terceiro lugar, só um ponto atrás do Palmeiras, a oito do líder.

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O Inter está em 12º, a cinco pontos da zona do rebaixamento e perdeu nesta noite.

Só isso já basta para o gremista dormir feliz e lembrar que se o assoprador de apito marcasse o pênalti e o Grêmio o convertesse contra o Corinthians, o time seria o vice-líder, a seis pontos do Botafogo.

Uma coisa é certa: talvez por falta de hábito, a comissão técnica do Palmeiras não sabe perder; roubado, como gesticulou Abel Ferreira, definitivamente, não foi.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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