Juca Kfouri

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Reportagem

Com dez, por 70 minutos, Botafogo não resiste ao Corinthians

O Botafogo jogava ligeiramente melhor em Itaquera, mas em jogo ainda morno, quando Marçal deu entrada feia em Pedro, aos 20 minutos, e acabou expulso de campo, acusando como roubo a burrice por ele cometida no meio de campo.

Pedro, por sinal, havia levantado a Fiel minutos antes ao aplicar belíssimo e improvável chapéu em Luis Henrique.

Com um a mais o Corinthians passou a ter a iniciativa no clássico com ares de empate.

O menino Pedro, 17, e já negociado com o russo Zenit, era o mais vibrante dos 21 jogadores em campo.

Para quem não sabe, o blog informa: Vanderlei Luxemburgo tem trauma de dirigir times com superioridade numérica desde que a seleção brasileira olímpica, por ele dirigida, foi eliminada, em Sydney-2000, ao perder para Camarões com nove jogadores.

Até o fim do primeiro tempo o Corinthians, de amarelo Diretas Já!, não soube levar vantagem — e dependeria do treinador, no intervalo, instruir o time como fazer.

Há passos óbvios: viradas constantes de lado e exploração pela largura dos pontas, modernamente chamado de amplitude.

O líder Botafogo, sem outra opção, passou a jogar mais prudentemente e contava com nova atuação atrapalhada de Yuri Alberto, o que de certa forma compensava o 10 x 11, digamos assim, para 10 x 10,5. Isso para contabilizar a presença de Bidu como se fosse útil.

Nem Cássio, nem Lucas Perri, tiveram trabalho, exceção feita a uma dividida entre o goleiro botafoguense e Bidu.

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Difícil seria não dormir no intervalo.

Para o segundo tempo a esperança paulista estava nas entradas de Fagner e, principalmente, de Renato Augusto, nos lugares de Lucas Veríssimo e Moscardo.

O garoto Wesley não fazia boa atuação e Mosquito provavelmente não demoraria a entrar no lugar dele.

O jogo mudou.

Rojas fez Perri trabalhar, aos 6 minutos, e Renato Augusto chutou rente ao travessão, dois minutos depois.

Mosquito e Romero em campo, aos 11, nos lugares de Wesley e Pedro, duas trocas corretas.

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O Botafogo não conseguia jogar ou reter a bola mesmo em seu campo defensivo.

Bruno Lage precisava fazer alguma coisa.

Não fez e, aos 13, Bidu cruzou em cima da linha de fundo, porque Di Placido desistiu do lance, Gil meteu a cabeça, Perri fez milagre com rebote e o mesmo Gil estufou a rede de Itaquera: 1 a 0.

Aos 19, Diego Costa, Hugo e Gabriel Pires entraram e Tiquinho, Marlon e Luís Henrique saíram.

O Corinthians chegava ao meio da tabela, em 10° lugar, seis pontos acima da zona do rebaixamento, e tratou de cozinhar a vantagem.

O Glorioso perdia pela terceira vez no Brasileirão, mantinha sete pontos sobre o Palmeiras e terá dez dias para botar a vida em ordem e amassar o Goiás, no Nilton Santos, para retomar seu caminho.

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Perder para Flamengo, Galo e Corinthians, fora de casa para os dois últimos, não é motivo para crises, só para sinal amarelo, como a camisa do anfitrião.

Junior Santos substituiu Di Placido e Fábio Santos tomou o lugar de Bidu.

O Botafogo ameaçava crescer quando o jogo e Carlos Alberto foi para o jogo no lugar de Victor Sá.

Os dois treinadores trabalhavam bem nas trocas diante de mais de 37 mil torcedores.

Mesmo magra, contra dez, a vitória botava fogo na Fiel para o jogo de ida das semifinais da Sul-americana, contra o Fortaleza, na terça-feira, quando Renato Augusto deverá jogar desde o início.

Fagner fez falta estúpida em Diego Costa, levou o terceiro cartão e, como Moscardo, estará fora do Majestoso no sábado da próxima semana.

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Nos minutos finais, duas cabeçadas precisaram das intervenções de Cássio.

Se o Corinthians tivesse um atacante melhor que Yuri teria vencido com menos dificuldade e é impressionante como Luxemburgo não consegue achar solução.

Aos 52, Yuri fez falta burra e também estará suspenso contra o São Paulo. Ufa!

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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