O laudo que revela a edição do filme que incriminaria Falcão
A perícia do Instituto de Criminalística de São Paulo sobre o episódio de importunação sexual de Paulo Roberto Falcão em relação à funcionária do hotel em Santos é clara: houve cortes no filme do aparato de segurança, embora fique clara, também, a entrada do acusado em local privativo.
Nem por isso permitiu-se à vítima esgotar as possibilidades de investigação, optando-se pelo arquivamento.
A vítima é pobre e não é branca.
O acusado é poderoso e é branco.
Aliás, fosse negro, provavelmente não encontraria tanta consideração.
Leia trecho do documento:
Chamou a atenção deste Relator que, durante a reprodução dos dois arquivos de vídeo, foram observados em diversos momentos cortes de trechos das imagens, caraterizados pela descontinuidade da linha temporal observada na estampagem do horário (hora - minuto - segundo) exibido no vídeo e posicionamento dos indivíduos observados nas cenas. Verificou-se que algumas interrupções ocorreram no momento em que o autor se encontrava na área interna da recepção, motivo pelo qual trechos de ações eventualmente ocorridos nestes intervalos não puderam ser visualizados. Durante os exames, observou-se que os vídeos apresentam taxa fixa de reprodução de 25 quadros por segundo, portanto, leves movimentações deveriam ser observadas de maneira continuada, diferentemente de alguns movimentos repentinos e bruscos observados nos trechos com cortes dos vídeos examinados. Desta maneira, não é possível afirmar que os diferentes posicionamentos seriam decorrentes de baixa taxa de reprodução.
Deixe seu comentário