Juca Kfouri

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Reportagem

LDU derruba mais um brasileiro no continente

Convenhamos que não houve jogo durante todo o primeiro tempo em Maldonado, no Uruguai, entre Fortaleza e LDU, na decisão da 22ª Copa Sul-Americana.

Os brasileiros até que queriam jogar mais que os equatorianos, mas é comum que quando um não quer, dois não jogam.

Brigar até que brigaram e chance de gol mesmo só uma, quando Marinho demorou para chutar dentro da área.

Entre os três paus simplesmente não houve nenhuma finalização.

Quem viajou 5 mil quilômetros, entre Fortaleza e Maldonado, ou 6 mil, entre Quito e a cidade colada na famosa Punta Del Leste, merecia coisa melhor.

Como faltava o segundo tempo, e a esperança é a última que morre, todos aguardavam que o futebol ainda desse o ar de sua graça.

Juan Vojvoda não mexeu no time no intervalo, talvez apenas na cabeça do time. Veríamos. Ou não.

Mas, aos 46 minutos, se João Ricardo não sai nos pés do atacante Julio, seria gol da LDU.

Só que, aos 47, Pochettino cruzou rasteiro e na primeira bola entre as traves, Lucero fez 1 a 0.

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Tudo que não havia acontecido nos 45 minutos iniciais, acontecia nos três primeiros da etapa final.

E a LDU, enfim, teria de jogar.

Jogou.

O 9 Alzugaray trombou com Bruno Pacheco, desceu pela direita, trouxe para o meio e, aos 56, bateu chapado no canto para empatar: 1 a 1. Até furou a rede.

A monotonia deu lugar à emoção e Yago Pikachu substituiu Guilherme, aos 63.

Em Pikachu o blog acredita pra chuchu!

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Em seguida, por duas vezes, o goleiro Domínguez evitou mais um gol brasileiro, no primeiro lance de Pikachu e em desvio de Bruno Pacheco depois de escanteio.

Aos 73, Machuca substituiu Marinho, em tarde de muita encenação e pouco futebol.

O Fortaleza apostava em velocidade, a LDU em quebrar o ritmo.

Ali pelo 80° minuto a LDU abriu a caixa de ferramentas e o Fortaleza não deixou por menos.

Pochettino saiu Thiago Galhardo entrou, aos 82. Pedro Augusto entrou, Zé Welison saiu.

A prorrogação pintava no horizonte uruguaio.

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Aos 88, Galhardo puxou um contra-ataque desde a intermediária cearense com chapéu e depois furou o voleio no cruzamento de Pikachu.

Em seguida João Ricardo fez bela defesa e veio o drama da prorrogação.

O que acendeu a esperança do título brasileiro com o gol de Lucero ficou adiado pelo gol de Alzugaray.

Era clara preferência equatoriana pelos pênaltis e a brasileira por ganhar na prorrogação.

Sofria-se em Maldonado e Machuca driblava pela esquerda, mais eficaz que Marinho, e Pikachu se matava, quando Romero substituiu Lucero, aos 99.

Experiente, organizado, matreiro, o time da LDU tentava, e às vezes conseguia, envolver o Tricolor do Pici que, então, se defendia bem.

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Para o segundo tempo da prorrogação Lucas Sasha entrou no lugar de Caio Alexandre.

Titi se machucou, aos 110, e voltou no sacrifício, para fazer número na frente, porque as seis trocas já tinham sido feitas.

Aos 119, por muito pouco, não houve o castigo que o Fortaleza não merecia, mas a defesa evitou.

Se fosse boxe, o Fortaleza venceria por pontos.

Como não era, teria de ser por pênaltis.

Guerrero bateu e João Ricardo pegou com o pé no meio do gol!

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Galhardo fez 1 a 0 com extrema frieza.

Alzugaray empatou.

Pikachu, em quem o blog confia pra chuchu, fez 2 a 1, bola de um lado, goleiro do outro.

Martinez empatou.

Romero bateu mal e Domínguez defendeu. Tudo igual.

Julio fez 3 a 2.

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Tinga empatou.

Alvarado não tomou distância e tomou nova defesa de João Ricardo.

Pedro Augusto bateu forte, mas Domínguez pegou.

Piovi fez 4 a 3.

Britez bateu e Domínguez deu o título à LDU, exterminador de brasileiros.

Fluminense, Internacional, São Paulo, sabem do que se trata.

Reportagem

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