Brabas ganham o tetra de quatro!
O São Paulo fez quase tudo certo em Itaquera outra vez com muita gente na decisão do Paulistão feminino.
Não enfrentou o Corinthians de igual para igual por sabê-lo superior e conseguiu segurar o empate que lhe daria o título nos primeiros 15, 20 minutos, embora tenha tomado bola no travessão e escapado de pelo menos outros dois gols.
Mas também foi capaz de, em contra-ataques, preocupar a defesa alvinegra e criar uma boa chance.
Mas da metade do primeiro tempo em diante começou a dar chutão, a se livrar da bola e, aí, foi fatal.
Jaqueline, aos 38 minutos, de cabeça na trave direita, fez o 1 a 0 que empatava a decisão no placar agregado em 2 a 2.
Se o São Paulo seria tri, somados os dois títulos conquistados ainda no século 20, ou se o Corinthians completaria o tetracampeonato seria resolvido no segundo tempo.
Nada estava resolvido mesmo, porque, apesar do favoritismo das Brabas, as tricolores mostraram nas semifinais, e no jogo de ida das finais, grande poder de reação e resiliência.
Já as alvinegras estavam perto de dar a terceira alegria, e as únicas, ao fiel torcedor em 2023, depois das brilhantes conquistas do Campeonato Brasileiro e da Libertadores.
Talvez as últimas, registre-se, porque a vitoriosa dirigente do departamento feminino corintiano, Cris Gambaré, manifestou seu repúdio ao machismo e misoginia do presidente eleito ontem em Parque São Jorge, Augusto Melo. Terá o cartola grandeza para mantê-la? E ela aceitará?
E o segundo tempo já começou com a corintiana Tarciane salvando o empate na linha fatal.
Como resposta, nova bola no travessão tricolor, tudo nos primeiros cinco minutos.
Registre-se a arbitragem segura, ao deixar a decisão Majestosa correr.
Aos 8 minutos, a virada, de cabeça da mesma Tarciane que havia salvado o empate: 2 a 0, 3 a 2 no agregado, para que a menina chorasse de emoção.
As Soberanas foram à luta. Buscavam, ao menos, decidir na marca da cal.
E, aos 17, Dudinha, que acabava de entrar, fez um golaço de fora da área, pela esquerda, no ângulo, 2 a 1.
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Quero receberUm minuto depois, porém, Vic Albuquerque pegou rebote de chute cruzado e fez o 3 a 1, em jogo simplesmente espetacular.
Entre os homens faz tempo que não acontece um Majestoso tão bom. E o São Paulo seguia sem vencer em Itaquera.
Como Duda, Jheniffer, entrou no clássico e, aos 29, em primeiro toque na bola, marcou o 4 a 1 para selar o tetra.
Quatro gols para comemorar o quarto título estadual diante de 40 mil torcedores.
Sem adversárias à altura na América do Sul, bem que o Lyon, oito vezes campeão da Champions, poderia ser convidado para um jogo em Itaquera, já que ainda não há o Mundial de Clubes feminino.
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