Tite abraça Felipão e Galo janta o Mengo com cebola
Mais Felipão, impossivel.
Primeiramente porque recebeu tocado o generoso abraço dado por Tite para encerrar a tola polêmica que os afastou.
Em tempos de cólera, faz bem ao país a reconciliação.
Porque nunca um prejudicou o outro, xingou o outro, e uma rusga de jogo virou mágoa por 13 anos.
Como anfitrião, o treinador do Flamengo abraçou-se ao do Galo e as pazes estão feitas entre aluno e professor, provavelmente a serem seladas em torno de um bom vinho de Caxias do Sul.
No Maracanã como sempre tomado pela Nação, Hulk deu uma magnífica enfiada de bola para Paulinho pela esquerda e o goleador do Brasileirão não titubeou: 1 a 0, aos 8 minutos.
Aí, amigo, entrar nas defesas de time de Felipão é tão difícil como no de Tite.
E por mais que tentasse durante todo o primeiro tempo, o Flamengo não conseguia, mesmo com nova boa atuação de Cebolinha.
Quando conseguiu, aos 42, Everson fez defesaça em cabeçada de Bruno Henrique.
Além disso, tinha de se preocupar porque o Galo não se limitou a defender, e fustigava aqui e ali.
E com menos de dois minutos do segundo tempo, o contra-ataque Mineiro funcionou com perfeição.
Paulinho recebeu, lançou Edenilson e Rossi nada pôde fazer: 2 a 0.
O Galo assumia a vice-liderança e o Maracanã sentia a espinha gelar.
Tite logo sacou Thiago Maia e pôs Éverton Ribeiro, aos 9, para tentar o imponderável, tamanha a segurança com que o Galo atuava.
Aos 18, Gabigol no lugar de Cebolinha.
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Quero receberE, aos 27, machucado, Éverton Ribeiro pediu para Luiz Araújo entrar.
O Galo já havia trocado Saravia por Mariano no primeiro tempo por motivo de lesão, e foi trocando no segundo: Rubens no lugar de Igor Gomes, Alan Franco em Zaracho, Pavón em Paulinho.
Aos 36, mais um contra-ataque, bola em Pavón e dele para Rubens fazer o 3 a 0, resultado muito mais amplo do que se poderia esperar, mas espelho de um jogo em que os donos da casa foram para o tudo ou nada diante de visitantes que pisaram no gramado sabendo exatamente o que queriam.
Em noite de concórdia, a Nação não parou de incentivar nem depois do 3 a 0 diante de 65 mil torcedores.
Talvez para não dar espaço para os atleticanos ecoarem mais fortes.
No país do etarismo, Felipão, 75, brilha outra vez.
Fim de jogo, não teve jeito: Eu acredito, eu acredito.
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