Éverson, Hulk e Paulinho acreditam ainda mais!
Sob chuva no Mineirão tomado por 54 mil torcedores, porque o Terreirão do Galo está ocupado por Paul McCartney, Galo e São Paulo disputaram primeiro tempo tão interrompido que os acréscimos foram de nove minutos.
Truncado, guerreado, de baixa qualidade técnica é pouco emocionante.
O Atlético ansioso porque tinha o título na mira e o São Paulo disposto a honrar a camisa.
Tão guerreado que o Tricolor perdeu Lucas Moura machucado já nos acréscimos, trocado por Michel Araújo.
No intervalo Felipão teria de acalmar a ansiedade sem diminuir a combatividade de seus jogadores e Dorival Júnior incentivar a continuidade do espírito dos dele.
E Pavón veio do vestiário no lugar de Igor Gomes.
O empate praticamente significava o fim da esperança atleticana, problema do Galo, não do Tricolor que jogava por si, embora ajudasse o rival Palmeiras.
O São Paulo, que já havia criado as melhores chances nos 45 minutos iniciais, jogava melhor também nos finais.
Eu acredito, eu acredito, o apoio imperava nas arquibancadas, e era preciso mesmo muita fé quando o segundo tempo chegava aos 16 minutos e Alisson e Rafinha saíram para Juan e Natan jogarem.
A despedida de Réver corria o risco de ser tão frustrante como a de Fábio Santos, outro que honrou a camisa do Atlético Mineiro e que disse adeus em Itaquera.
A defesa mineira trabalhava mais e melhor que o ataque, mas quem tem Hulk e Paulinho sempre tem no que acreditar.
Dois meninos da base entraram aos 28, William Gomes e Talles Wander, nos lugares de Erison e Wellington Rato.
Estivesse Luciano em noite feliz e o Tricolor estaria na frente, não só pelos erros dele no últimos passes, mas, principalmente, quando, aos 30, chutou para fora o gol mais feito da noite.
Aí, valeu a máxima do quem não faz.
Aos 31, Hulk, de fora da área, colocou a bola no fundo da rede: 1 a 0! Primeiro chute a gol do Galo.
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Quero receberJusto não era, mas quem, nessas alturas do campeonato, quem está interessado em justiça?
Edenilson fora, Alan Franco dentro.
Aos 35, William Gomes acertou o travessão de Éverson.
Eu não acredito!
Minutos depois Felipão resolveu atender a massa e pôs Rubens no lugar de Zaracho, exausto.
Mariano atropelou Juan na área, aos 40, o assoprador de apito nada apitou, o VAR chamou e o pênalti foi marcado.
Sim, porque se não havia ninguém interessado em justiça, os são-paulinos, ao menos, estavam.
Era hora de Éverson lembrar São Victor?
Era, mas não foi, porque Luciano, enfim, fez o gol que havia desperdiçado: 1 a 1, aos 43.
Pingos caíram da rede do Mineirão, como lágrimas.
Mais oito minutos de acréscimos.
E, aos 48, Paulinho recebeu de Hulk pela esquerda e marcou novo golaço no Brasileirão, de bico: 2 a 1.
O Galo empatava em pontos com o líder Palmeiras, 66, e botava pressão.
Patrick entrou no lugar do goleador do campeonato para furar a bola, desaparecer com ela, fazer qualquer coisa, menos permitir novo empate.
Só que, aos 53, Éverson fez senhora defesa em bomba de Michel Araújo.
Mais três minutos de acréscimos.
Sim, a torcida do Galo acredita e Éverson, Hulk e Paulinho acreditam ainda mais.
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