Juca Kfouri

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Bernardinho: a volta do vencedor perfeccionista

Bernardinho está de volta à seleção brasileira masculina de vôlei para disputar os Jogos Olímpicos de Paris-24.

Aos 64 anos, um dos melhores treinadores do mundo, em qualquer esporte, adora um desafio.

Entre o time feminino e o masculino tem nada menos que seis medalhas olímpicas, duas de ouro, duas de prata e duas de bronze.

Bernardinho é tão obsessivo que basta dizer que na campanha vitoriosa nas Olimpíadas do Rio, em 2016, ninguém acreditava que o Brasil pudesse vencer.

Na primeira fase perdeu tanto para os Estados Unidos quanto para a Itália por 3 a 1 — e se classificou apenas em quarto lugar.

Aí, derrotou a Argentina por 3 a 1, a Rússia por 3 a 0, no primeiro jogo em que não cedeu nenhum set e, na final, também por 3 a 0, venceu a favorita Itália, que havia perdido apenas um jogo, o último da fase de grupos, contra o Canadá, quando poupou seus titulares.

A final foi duríssima: 25/22, 28/26 e 26/24.

Terminado o jogo, cinco minutos depois de verdadeira apoteose no Maracanãzinho lotado, última competição daquela Olimpíada, lá estava Bernardinho, para a entrevista coletiva.

Parecia que acabava de chegar de caminhada pelo calçadão do Leblon.

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Então, um jornalista perguntou como ele estava se sentindo, qual era o tamanho do alívio:

"Alívio? Que alívio? Logo adiante tem mais torneios, mais jogos, o que passou, passou. Temos de olhar para frente", respondeu, não exatamente com essas palavras, mas com esse sentido.

Paris merece recebê-lo e ele merece estar em Paris.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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