Juca Kfouri

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Reportagem

Copinha: Fiel faz sua provável única festa no futebol masculino em 2024

Os meninos do Cruzeiro queriam presentear o mais cabuloso dos jogadores que vestiram a camisa azul mineira, o aniversariante Tostão, 77 anos hoje, para dar a ele o segundo título da Copinha.

E não se assustaram por jogar no estádio quase lotado em Itaquera, com mais de 43 mil torcedores.

Repeliram a pressão do Timãozinho desde o começo do jogo, desperdiçaram a chance mais clara de gol no começo do primeiro tempo, correram riscos no fim dele e foram para o segundo com tranquilizador 0 a 0.

Os meninos alvinegros, que não tinham a confiança do trapalhão que preside o clube ao dizer que eram frutos da caótica gestão anterior, lutaram, também criaram boas chances, mas pareciam surpresos com a personalidade do rival das Minas Gerais.

Na etapa derradeira cabia a eles a responsabilidade de permitir à Fiel talvez sua única chance de festejar um título com o futebol de homens em 2024, porque o time principal, pelo andar da carruagem de Augusto Melo, não terá vida boa.

Os 15 minutos iniciais do segundo tempo foram mais guerreados que jogados, com pouco futebol, muita marcação e cautela de ambos os lados.

Sempre é bom lembrar que as categorias de base têm mais importância pelas revelações que produzem do que pelos eventuais títulos que ganhem, mas, é claro, quando chega a hora da decisão, a taça sempre é e será a taça.

O Corinthians lutava pela 11ª na 54ª edição da Copinha, com 19 participações em finais.

Dos 20 minutos em diante outra vez o Cruzeiro tomou conta e criou duas boas chances além de ter um gol anulado por falta no goleiro corintiano.

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À medida que a finalíssima chegava aos 35 minutos vivia-se a velha questão: segura o empate para decidir na marca da cal ou busca-se o gol decisivo com risco de sofrê-lo?

Sinalizadores acesos por corintianos interromperam a decisão por três minutos.

E, aos 39, de fora da área Kayke, com dois Kás e Ypsilone, fez um golaço de fora da área: 1 a 0, para explodir Itaquera.

Em seguida, por contusão, o Corinthians ficou reduzido a dez jogadores e teve de suportar nove minutos de acréscimos em inferioridade numérica.

Bola para o mato que é jogo de campeonato era a regra obedecida pela defesa paulista, a segunda melhor, ao lado da mineira, apenas três gols sofridos.

Já o ataque corintiano marcou 25 gols em nove jogos.

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Tostão ficou sem seu presente, mas certamente gostou dos meninos cruzeirenses.

E Danilo, o Zidanilo, treinador do Timãozinho, ídolo da Fiel, passa a ser problema para a diretoria que não o queria nem respaldou.

O mitômano Augusto Melo teve coragem de se colocar à frente dos jogadores na hora de levantar a taça, ele e seu ridículo boné amarelo da nebulosa casa de apostas que, parece, patrocinará o clube por três anos.

Reportagem

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