Cruzeiro reina no Terreirão do Galo
Agora não basta calar diante do desrespeito amplo, geral e irrestrito ao Hino Nacional antes dos jogos de futebol.
Hoje, no Terreirão do Galo, após o hino ser executado concomitantemente com fogos de artifício e coro da torcida com incentivo ao Atlético, a narração da TV comemorou o clima, em elogio à falta de educação.
Também, bem feito!, porque o Congresso Nacional, que inventou a banalização, nada faz para desinventar.
O jogo transcorreu exatamente como se esperava.
Imposição alvinegra sobre o Cruzeiro desde o princípio para alegria da torcida única que lotou o estádio.
Quem tem estrelas na camisa é o Cruzeiro, mas no gramado o desfile de Arana, Gustavo Scarpa, Zaracho, Hulk e Paulinho vestia a camisa atleticana.
Verdade que logo de cara, aos 14 minutos, Zaracho se machucou e saiu, trocado por Igor Gomes e o jogo transcorreu mais em clima de Gre-Nal do que mineiro.
Cinco cartões amarelos e paralisações para atendimento médico resultaram em seis minutos de acréscimos no primeiro tempo.
Paulinho, aos 15, recebeu de Scarpa, livrou-se da marcação da zaga e viu Rafael Cabral crescer e evitar o 1 a 0.
Valente, o Cruzeiro equilibrou as iniciativas e passou a se aproveitar do nervosismo do rival que parecia não se conformar com a dureza do clássico e querer dar logo satisfação à massa. Mas acertar o gol de Éverson que é bom, nenhuma vez.
Com Saravia no lugar de Mariano, Felipão mexeu e o Cruzeiro não.
Mexidas para cá, mexidas para lá, o clássico seguiu tenso e equilibrado até que, aos 37 minutos, livre, leve e solto Zé Ivaldo fez 1 a 0 e o garoto João Pedro, três minutos depois, ampliou, para estabelecer silêncio sepulcral no Terreirão.
Como o Trem Azul não tinha torcedor no estádio, o espaço ficou à disposição das vaias, dos protestos, e até de brigas entre atleticanos.
Porque ninguém ganha jogo na véspera e o Galo já deveria ter aprendido, pois perdeu em casa para o rival também no ano passado, em outubro, pelo Brasileirão, com gol contra de Jemerson.
Ou seja, o Cruzeiro está 100% no Terreirão. Quem diria?
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Quero receberAo final, os jogadores cruzeirenses tiraram o maior sarro dos rivais, ao comemorar no gramado como se estivessem diante de seus torcedores, tiraram fotos comemorativas, enfim, se divertiram com a braveza dos rivais.
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